Em entrevista ao jornal norte-americano “The Wall Street Journal”, Jair Bolsonaro (PL) afirmou que deve retornar ao Brasil em março.

Ainda sem dia definido para voltar, pois “uma ordem de prisão pode vir do nada” afirmou o ex-presidente.

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Jair faz menção ao caso do ex-presidente Michel Temer, que foi preso em março de 2019, três meses após deixar o mandato.

Ele foi preso preventivamente em razão de denúncias de corrupção na obra de Angra 3. 

Entrevista de Bolsonaro

Investigações sobre a crise humanitária em terras Yanomami e possível crime de genocídio sobre essa população, são as possíveis ameaças de prisão a Bolsonaro.

Em entrevista, o ex-presidente criticou a reunião entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente americano Joe Biden.

“Lula só veio aqui para estar nos holofotes”, afirmou Bolsonaro.

Por fim, o ex-presidente manteve o discurso utilizado de que retornaria para assumir a liderança do movimento da direita e oferecer oposição ao governo atual. 

“O movimento de direita não está morto e continuará vivo”, afirmou Jair.

Ainda afirmou que, segundo sua opinião, não houve golpe nos atos criminosos de 8 de janeiro, e pontua “golpe? Que golpe? Onde estava o comandante? Onde estavam as tropas, onde estavam as bombas?”.

Além disso, ressalta não estar envolvido com a ocorrência dos atos do dia 8 de janeiro “eu nem estava lá”, disse.

Bolsonaro saiu do Brasil dois dias antes de terminar seu mandato.

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Repercussão no Brasil

Em suas redes sociais, Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais do atual presidente, chama o ex-presidente Jair Bolsonaro de fugitivo e negligente com a população na pandemia, o que demonstra sua indiferença com o Brasil.

“O ex-presidente foragido mostra, ao ser entrevistado pelo @WallStreetJour1, que não se arrepende de ter negligenciado os brasileiros durante a pandemia.” (tradução livre)

Nesta quarta-feira (15), durante evento de retomada da duplicação de uma da BR-101, uma das rodovias importantes em Sergipe, Lula não mencionou diretamente a entrevista do ex-presidente, mas afirmou que “o coisa, não teve nem coragem de passar a faixa pra mim” e ainda que o Brasil será um país sem mentiras.