O Papa Francisco revelou neste sábado (17) que, no início do pontificado, em 2013, entregou uma carta de renúncia “em caso de impedimento por razões médicas”.

A revelação foi feita durante entrevista ao diário espanhol ABC.

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Carta de renúncia de Papa Francisco

No início de seu pontificado em 2013, o Papa Francisco entregou uma carta de renúncia “em caso de impedimento por razões médicas”.

“Esta é a primeira vez que digo isto. Agora talvez alguém vai e pergunte a Bertone: ‘Dê-me essa carta”, comentou rindo a Vossa Santidade.

O pontífice esclareceu a ação também foi realizada por Paulo VI e Pio XII.

“Paulo VI também deixou sua demissão por escrito no caso de um impedimento e que provavelmente Pio XII também o tenha feito”, disse.

Guerra na Ucrânia

Papa Francisco volto a se pronunciar sobre a guerra na Ucrânia, e que apesar e ter esperanças, sente que a guerra não está perto do fim

“O que está acontecendo na Ucrânia é aterrorizante. Há uma enorme crueldade. É muito sério. E isto é o que eu denuncio continuamente. Trata-se de uma guerra mundial. Não nos esqueçamos disso. Já há várias mãos envolvidas na guerra”, relatou.

Diplomacia

+ O trabalho do Papa se move em sincronia com o trabalho diplomático da Santa Sé.

+ “A Santa Sé sempre procura salvar os povos. Sua arma é o diálogo e a diplomacia”, declarou.

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Abusos

O pontífice declarou que sente a dor das vítimas dos abusos sexuais do clero.

“É muito doloroso, muito doloroso.Mesmo que fosse apenas um caso, é monstruoso que a pessoa que deveria levá-la a Deus a destrua ao longo do caminho. E nenhuma negociação é possível sobre isso”, indagou.

Mulheres

Ao ser questionado sobre o papel de ápice para uma mulher na Cúria Romana, Francisco assegurou que não há obstáculo para uma mulher liderar um Dicastério onde um leigo possa ser prefeito.

“Se for um Dicastério de natureza sacramental, deve ser presidido por um sacerdote ou um bispo”, esclarece.

Conclaves

Ele então amortece as polêmicas de que os trabalhos dos futuros Conclaves poderiam ser dificultados pela falta de conhecimento entre os cardeais que ele criou, que vêm todos de lugares diferentes e distantes.

É verdade, poderia haver problemas “do ponto de vista humano”, mas “é o Espírito Santo que trabalha no Conclave”, explica o Papa.

Bento XVI:

Ele então volta ao assunto de sua relação com seu predecessor Bento XVI, “um santo” e “um homem de alta vida espiritual”, como o Papa reinante o descreve, revelando que ele o visita com frequência e sempre se sente “edificado” por seu olhar transparente.

“Ele tem um bom senso de humor, está lúcido, muito vivo, fala suavemente, mas segue a conversa. Admiro sua lucidez. Ele é um grande homem”.