Os eleitores neste ano escolheram casais, irmãos, pais e filhos para vagas na Câmara dos Deputados e no Senado.

Laços familiares unem pelo menos 27 parlamentares eleitos neste ano para o Congresso.

Da esquerda ao Centrão, há políticos da mesma família que chegarão ao Legislativo por diversos partidos.

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Casais

Entre eles está o casal Sérgio Moro (União Brasil), futuro senador pelo Paraná, e Rosângela Moro (União Brasil), que vai ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados por São Paulo.

Detinha (PL-MA) e Josimar Maranhãozinho (PL-MA) serão outro par no Congresso. Os dois foram eleitos para a Câmara.

Maranhãozinho ganhou o segundo mandato. Alvo da Polícia Federal por suspeita de desvio de recursos públicos, o parlamentar sempre negou irregularidades.

Família Calheiros

Existem, ainda, casos em que pai e filho serão colegas. O Senado terá dois “Renans”.

Renan Calheiros (MDB-AL), eleito em 2018 para um mandato de oito anos na Casa, terá a companhia do ex-governador de Alagoas Renan Filho (MDB-AL).

Outro Calheiros no Congresso é Renildo, deputado federal pelo PCdoB de Pernambuco, que foi reeleito neste ano. Renildo é irmão de Renan pai.

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Família Fontes

No Salão Verde da Câmara também será possível encontrar uma dobradinha doméstica. O deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), conhecido como Dudu da Fonte, obteve novo mandato e conseguiu eleger seu filho Lula da Fonte (PP-PE), de 21 anos.

Os dois fizeram campanha juntos em Pernambuco, mas o pai disse que Lula da Fonte terá um mandato autônomo.

Irmãos

Os irmãos petistas Jilmar e Nilto Tatto também serão colegas de Câmara. Nilto já era deputado federal e foi reeleito. Secretário nacional de Comunicação do PT, Jilmar estava sem mandato e retornará à Casa a partir de 2023.

O petista disse que atuará como articulador político dentro do Congresso.

“O meu perfil é mais pró-mobilidade, mais de articulação política. Até pelo fato de eu ser da direção nacional do PT, (o foco) é mais a relação com os partidos”, disse Jilmar ao Estadão.

Famílias

Nas fileiras evangélicas, o missionário R. R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, emplacou dois filhos como deputados federais, embora ele mesmo não tenha disputado nenhum cargo. David Soares (União-SP) e Marcos Soares (União-RJ) conquistaram cadeiras na Câmara.

Para algumas famílias, no entanto, a disputa de 2022 significou distanciamento. A deputada Angela Amin (PP-SC) não foi reeleita e estará fora do Congresso, que ainda terá seu marido, o senador Esperidião Amin (PP-SC). Eleito em 2018, ele tem mais quatro anos de mandato.

Caso parecido é o de Kátia Abreu (PP-TO), que não teve o mandato renovado. Ex-ministra da Agricultura, ela não será mais colega do filho, o senador Irajá Abreu (PSD-TO), que foi eleito em 2018