Em setembro, a confiança dos pequenos negócios permaneceu estável e em um patamar neutro, segundo indicador calculado pelo Sebrae e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Os dados mostram que apesar de um recuo de 4,8 pontos no setor da Indústria de Transformação, o índice geral oscilou apenas -0,2 ponto, graças às altas dos indicadores em Comércio e Serviços.
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O IC-MPE de 100,4 pontos é resultado da fusão dos índices de confiança dos três principais setores da economia: Comércio, Serviços e Indústria de Transformação.
A estabilidade da confiança, em setembro, foi uma média entre as altas dos setores de Comércio e de Serviços, que cresceram 1,6 ponto e 0,9 ponto, respectivamente, e o recuo no setor da Indústria.
Sinais de desaceleração da inflação, diminuição dos custos e crescimento no mercado de trabalho vêm reduzindo os efeitos da pandemia e da guerra Ucrânia-Rússia.
No entanto, mesmo com resultados favoráveis, é necessário cautela para os próximos meses, considerando a possibilidade de uma desaceleração econômica, redução na demanda e perspectivas de inflação ainda elevada em 2023.
Comércio
Pelo segundo mês consecutivo, a confiança das micro e pequenas empresas do setor de Comércio (MPE-Comércio) avançou.
O setor cresceu 1,6 ponto, passando a 100,8 pontos, maior alta desde dezembro de 2018 (102,7 pontos).
Serviços
Em setembro, a confiança dos donos de micros e pequenos negócios do setor de Serviços (MPE-Serviços) aumentou para 101,5 pontos, ganhando 0,9 ponto.
A alta se deve tanto à situação atual quanto às expectativas de curto prazo. O Índice de Situação Atual das MPE do setor de Serviços (ISA-S-MPE) avançou 1,2 ponto, para 103 pontos.
Indústria de Transformação
Pelo terceiro mês consecutivo, a confiança das micro e pequenas empresas do setor da Indústria de Transformação (MPE-Indústria) piorou: a queda foi de 4,8 pontos, batendo os 96,2 pontos, saindo do nível de neutralidade.
A piora da confiança no setor atingiu os dois horizontes temporais. O Índice da Situação Atual das MPE da Indústria de Transformação (ISA-I-MPE) caiu 5,8 pontos, para 92,7 pontos, o menor nível desde junho de 2020 (85,0 pontos), período da pandemia do COVID-19.
Pelo terceiro mês seguido, os donos de pequenos negócios projetam um cenário pessimista.