As emissões de metano atingiram o recorde em 2021, é o que revela dados divulgado nesta quarta-feira (26) do novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) da agência da Organização das Nações Unidas (ONU).
O relatório mostra que em 2021 o mundo registrou o maior aumento nas concentrações de emissões de metano desde o início das medições históricas, há mais de quatro décadas.
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Emissões de metano
A publicação aponta também que os índices atmosféricos de dióxido de carbono e óxido nitroso também atingiram novos recordes no ano passado.
Juntos, os três gases estão entre os principais causadores do aquecimento global.
“[O nosso estudo] destaca, mais uma vez, o enorme desafio – e a necessidade vital – de uma ação urgente para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e evitar que as temperaturas globais subam ainda mais no futuro”, disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.
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Dióxido de caborno
Segundo dados da OMM, no ano passado, as concentrações de dióxido de carbono foram de 415,7 partes por milhão (ppm), as emissões de metano, 1.908 partes por bilhão (ppb) e as de óxido nitroso, 334,5 ppb.
Essas taxas indicam um aumento de, respectivamente, 149%, 262% e 124% em relação as emissões durante o período pré-industrial, quando a atividade humana começou a alterar o equilíbrio natural desses gases na atmosfera.
Num período de cem anos, o metano é responsável por esquentar o planeta cerca 28 vezes mais do que uma molécula de dióxido de carbono (CO2), o principal gás responsável pelo efeito estufa.
No caso do metano em específico, o Boletim da OMM sobre Gases de Efeito Estufa aponta que os aumentos anuais em 2020 e 2021 foram de 15 e 18 ppb, respectivamente.