Um jeito diferenciado de armazenar mandioca na Amazônia é a proposta do estudo realizado por pesquisadora do Instituto Mamirauá.
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A mandioca se destaca como fonte de carboidratos na região amazônica e são muitas vezes processadas para a produção de farinha.
O estudo é realizado pelos pesquisadores Julia Ávila, Márcio Amaral e Angela Steward, em parceria com Charles Clement, Gilton Mendes dos Santos, André Junqueira e Tamara Ticktin.
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Os pesquisadores analisaram aspectos da vida cotidiana de populações ribeirinhas e indígenas de diferentes áreas das várzeas amazônica para realização do estudo.
As populações tradicionais da região conhecem e utilizam diversas técnicas de processamento, armazenamento e conservação desses alimentos.
As estratégias locais de armazenamento da fruta são principalmente relevantes no contexto climático, onde cheias são mais frequentes na Amazônia.
Armazenamento da mandioca
Nesse estudo, quatro técnicas de armazenamento foram registradas.
Duas técnicas já eram conhecidas em estudos arqueológicos ou etnográficos feitos anteriormente, o enterramento e o empaneiramento da mandioca em cestos.
Já as outras duas são novas e tiveram seu primeiro registro feito pelos autores, o ensacamento, com a imersão em rio, e o kanaká, feito com varas de tacana.
A técnica mais famosa e utilizada na região atualmente é o ensacamento, onde as mandiocas são colhidas, descascadas, colocadas em sacos de ráfia e amarradas em flutuantes ou árvores.
Nessa técnica, as raízes ficam mergulhadas na água sem tocar o fundo do rio. Isso cria um ambiente com pouco oxigênio, que preserva o alimento.
O estudo completo pode ser encontrado no site da Research Gate, conforme o instituto Mamirauá.