Um novo estudo da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), destaca o derretimento acelerado de geleiras em locais do Patrimônio Mundial.
O relatório divulgado nesta sexta-feira (4) revela que alguns dos blocos de gelo mais emblemáticos do mundo devem desaparecer até 2050.
+ Envie esta notícia no seu WhatsApp
+ Envie esta notícia no seu Telegram
Derretimento das geleiras
Independentemente dos esforços para limitar o aumento da temperatura, um terço desses locais que fazem parte da lista estão sob ameaça, na África, Ásia, Europa, América Latina, América do Norte e Oceania.
O relatório destaca que ainda é possível salvar os outros dois terços, se o aumento da temperatura global não ultrapassar 1,5°C.
A agência diz que este será um grande desafio para as delegações na próxima COP27.
RELACIONADAS
+ Estudo mostra que geleiras estão derretendo em ritmo acelerado
+ Aquecimento de 1,5°C levaria a derretimentos de geleiras e várias problemas no planeta, aponta pesquisa
+ Geleiras suíças registram pior taxa de derretimento em 2022
Patrimônio Mundial da Unesco
Cinquenta locais do Patrimônio Mundial da Unesco abrigam geleiras, representando quase 10% da área total de massas de gelo da Terra.
A lista inclui o mais alto, próximo ao Monte Everest, o mais longo, no Alasca, e os últimos glaciares restantes na África.
Bilhões de toneladas perdidas anualmente
O estudo, feito em parceria com a União Internacional para a Conservação da Natureza, mostra que essas geleiras vêm recuando em ritmo acelerado desde 2000 devido às emissões de CO2, que estão aumentando as temperaturas.
Atualmente, são perdidas 58 bilhões de toneladas de gelo a cada ano.
A quantidade corresponde ao uso anual combinado de água da França e da Espanha, e causa quase 5% do aumento global do nível do mar.
A diretora-geral da Unesco afirma que este relatório é um apelo à ação.
Audrey Azoulay disse que somente uma rápida redução nos níveis de emissões de CO2 pode salvar as geleiras e “a excepcional biodiversidade que delas depende”.
Ela disse ainda que a COP27 terá um papel crucial para ajudar a encontrar soluções para esta questão, e a agência está determinada a apoiar os Estados na busca desse objetivo.