O presidente eleito Lula chorou ao falar sobre o combate à pobreza no discurso desta quinta-feira (10), em um evento com parlamentares no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
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Lula em Brasília
Em sua primeira visita ao local onde se instalou a equipe de transição, Lula disse que os bancos públicos, como o BNDES, também precisam voltar a olhar para os temas sociais e que os financiamentos promovidos hoje por essas instituições devem ser readequados.
Ele disse que a Petrobras não será fatiada e que o Banco do Brasil e a Caixa não serão privatizados.
Lula se emocionou e chegou a interromper sua fala quando citou um trecho do discurso que fez em sua vitória de 2002, ao comentar o tema da fome, que voltou à pauta nacional.
“Se quando eu terminar esse mandato cada brasileiro estiver tomando café, almoçando e jantando, eu terei cumprido, outra vez, o meu papel”, disse o presidente eleito.
O presidente eleito afirmou ainda que pretende conversar com o agronegócio para entender “qual é a bronca” do setor com sua eleição, já que este pagava juros menores durante a gestão petista em relação ao cenário atual.
O agro foi um dos principais setores a apoiarem a reeleição de Jair Bolsonaro.
Lula também criticou os pagamentos de dividendos a acionistas para a Petrobras, enquanto os investimentos, disse ele, ficam com uma menor parcela.
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Menção ao nome de Bolsonaro
Durante toda a sua fala, Lula mencionou o nome de Bolsonaro em poucas ocasiões, como no momento em que comentou a viagem que fará ao Egito na próxima segunda-feira (14) para a COP 27.
“Já vou ter no Egito mais conversa com lideranças mundiais num único dia, do que o Bolsonaro teve em quatro anos”, comentou.
Ele também falou que o Brasil irá voltar a ter relações com outros governos no mundo.
“Vamos recolocar o Brasil no centro da geopolítica internacional. Vocês não têm noção da expectativa que o Brasil está gerando no mundo”, afirmou o presidente, que disse ter recebido, em um único dia, 26 ligações internacionais para felicitá-lo em sua vitória.
Camisa da seleção
No fim do discurso, Lula lembrou que, durante a Copa do Mundo as pessoas não podem ter vergonha de usar a camisa da Seleção Brasileira:
“Um aviso importante para vocês. A Copa do Mundo começa daqui a pouco e a gente não tem que ter vergonha de vestir a nossa camisa verde e amarela. O verde amarelo não é de candidato, não é de um partido. O verde amarelo são as cores de 213 milhões habitantes desse país. Portanto, vocês vão me ver com a camisa verde amarela com número 13”, finalizou.