A espécie de planta rara Pleroma hirsutissimum voltou ao seu lugar de origem nas dunas da Praia do Peró, em Cabo Frio no Rio de Janeiro.

A última vez que o arbusto rasteiro de flores lilases tinha sido coletado foi em 1982, pela pesquisadora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro Dorothy Araújo.

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Planta rara

A reintrodução da planta rara ocorreu no dia 17 de novembro, com a plantação de 100 mudas.

Essas plantas foram obtidas por diferentes tratamentos de inoculação durante o encontro Pleroma hirsutissimum: redescoberta, ações de pesquisa e conservação, organizado pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), em Cabo Frio, para contribuir com a conservação da vegetação.

O evento reuniu pesquisadores que atuam no estudo e conservação da planta, que, conforme o Jardim Botânico, chama atenção por sua beleza.

Jardim Botânico e redescoberta da planta rara

A Pleroma hirsutissimum, que foi redescoberta da palnta rara ocorreu em 2020, segundo o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, é uma planta endêmica das restingas de Cabo Frio e Arraial do Cabo e região abrangida pelo Parque Estadual da Costa do Sol.

De acordo com o Jardim Botânico, a planta está categorizada como Criticamente em Perigo (CR), conforme o Livro Vermelho da Flora Endêmica do Estado do Rio de Janeiro, publicado pelo Centro Nacional de Conservação da Flora do espaço ambiental (CNCFlora).

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“A classificação se dá por estar em uma área com forte pressão antrópica, representada pelo turismo e a especulação imobiliária, e ainda por haver pouca informação a seu respeito”.

O pesquisador do Jardim Botânico do Rio de Janeiro Paulo José Fernandes Guimarães, que confirmou a redescoberta da espécie há 2 anos, aponta a importância da planta registrada há 40 anos pela professora Dorothy Araújo.

“A partir de um novo registro, o arbusto tem sido estudado num doutorado e alguns trabalhos científicos. Nosso objetivo é contribuir para a conservação da vegetação das dunas, que tem papel importante na contenção do avanço da água do mar e na diminuição da invasão de areia”, disse.

Os pesquisadores apresentaram, no encontro, os resultados dos estudos que estão em andamento “como a anatomia, a micropropagação e a inoculação de microrganismos simbiontes de raiz com o inoculante desenvolvido pela equipe do Laboratório de Ecotoxicologia e Microbiologia Ambiental do IFF”.

A redescoberta da espécie foi após uma série de expedições, realizadas em novembro de 2020.

A ideia era realizar coleta de sementes e produção de mudas de espécies nativas do estado do Rio.