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Embraer foca em hidrogênio e energia híbrida para reduzir emissões

hidrogênio e energia híbrida

A expectativa da companhia é que as soluções sejam entregues ao mercado até 2035 - Foto: Reprodução/Twitter@embraer

Hidrogênio fuel cell e elétrica híbrida são duas principais vertentes de tecnologia para o desenvolvimento de aeronaves da Embraer.

A ação é para atingir a meta de zerar as emissões de carbono até 2050. A expectativa da companhia é que as soluções sejam entregues ao mercado até 2035, com foco em aviões com capacidade entre 19 e 30 passageiros.

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Hidrogênio e energia híbrida

A hidrogênio full cell pode ser utilizada como fonte única de propulsão ou ser combinada com motores termoelétricos e baterias, zerando emissão de carbono.

Nesse caso, o hidrogênio reage com oxigênio e gera apenas energia elétrica e água.

No entanto, exige o desenvolvimento de tecnologias e infraestrutura adicionais, já que é mais pesada e dissipa uma grande quantidade de calor, segundo o engenheiro sênior de desenvolvimento de produtos da Embraer, Fred Simões.

“O hidrogênio é uma fonte de energia promissora na nossa jornada para atingir emissão zero”, afirma Simões. “Estamos explorando estratégias de otimização para encontrar a solução mais balanceada”, complementa.

Já a elétrica híbrida é mais simples na implementação de tecnologia, podendo estar pronta no início da próxima década. A solução reduz em até 90% a emissão de carbono. Por ser mais leve e menor, essa aeronave consome menos combustível do que hidrogênio full cell.

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Essas duas tecnologias são pontos de partida para, no futuro, aplicar as soluções em aeronaves de maior porte, explica o CEO da Embraer Aviação Comercial, Arjan Meijer.

As informações foram apresentadas em evento promovido nesta segunda-feira para discutir os últimos desenvolvimentos e perspectivas para a área de Energia da companhia de aviação.

Projeções

A Embraer trabalha com três cenários possíveis de demanda até 2035, de acordo com o vice presidente de Marketing da Embraer Aviação Comercial, Rodrigo Silva e Souza. O mais conservador projeta 4 mil unidades entregues.

O intermediário, por sua vez, considerando uma substituição mais acelerada de aviões em meio aos benefícios da sustentabilidade, estima 7 mil unidades no mesmo prazo.

Em um cenário mais extremo, chamado de “revolução”, o número pode chegar até 20 mil também até 2035.

“Com essas novas tecnologias e perspectiva de redução de custos, o apelo da sustentabilidade pode atrair mais passageiros para esse segmento”, comenta Silva e Souza.

Outras tecnologias, como as exclusivamente elétricas, não foram descartadas pela companhia, ressalta o vice presidente de engenharia, desenvolvimento tecnológico e estratégia corporativa, Luís Carlos Affonso.

Como exemplo, cita o eVTOL, “carro voador” desenvolvido pela companhia, que consegue utilizar apenas energia elétrica por causa da baixa capacidade e curta distância.

“Entendemos que as soluções apresentadas hoje se aplicam melhor para os tamanhos de aeronaves desenvolvidas atualmente”, explica. “Estamos bem posicionados para liderar o futuro da aviação”, finaliza.

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