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Vídeo: Cientistas da WCS registram eclosão de ovos da tartaruga-da-amazônia

Nascimento de tartarugas no Rio Guapore - Foto: Divulgação/Wildlife Conservation Society

Nascimento de tartarugas no Rio Guapore - Foto: Divulgação/Wildlife Conservation Society

As praias do rio Guaporé/Iténez, na fronteira Brasil e Bolívia, foram berço para o nascimento de milhares de filhotes da espécie tartaruga-da-amazônia.

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A Podocnemis expansa, como é conhecida no meio científico, é considerada a maior espécie de tartaruga de água doce da América Latina, podendo atingir mais de um metro e pesar até 90kg.

Os ovos da espécie começaram a eclodir em meados de dezembro e permaneceram neste início de janeiro.

A Wildlife Conservation Society (WCS) divulgou as imagens do momento, que foram capturadas por seus parceiros de conservação, Ecovale.

Na filmagem são exibidos longos bancos de areia repletos de filhotes que caminham ao encontro do rio.

Sua agregação nesta região da Bacia Amazônica Ocidental é considerada a maior de tartarugas em todo o planeta.

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Papel ecológico das tartarugas

As espécies desempenham um papel importante no sistema ecológico ao dispersar sementes que eventualmente ajudam a regenerar a vegetação ao longo dos corredores fluviais.

Além disso, estes animais fazem uma contribuição significativa de biomassa para a cadeia alimentar do rio.

A especialista em tartarugas do Programa WCS Brasil, Camila Ferrara, destaca que a nidificação anual dessa espécie é “visualmente deslumbrante, mas também extremamente importante ecologicamente”.

Filhotes da espécie Podocnemis expansa – Foto: Divulgação/ Wildlife Conservation Society

A WCS está combinando esforços entre Bolívia e Brasil para desenvolver um esforço multinacional para conservar a tartaruga-da-amazônia.

A iniciativa deriva de uma preocupação em relação ao índice populacional da espécie, cuja população costumava chegar a milhões, mas tem diminuído.

A baixa está relacionada à caça ilegal para consumo de óleo, carne e ovos.

Proteção

Os pesquisadores da WCS estão trabalhando para proteger e preservar as tartarugas-da-amazônia.

Os colaboradores estão tutorando os ovos para protegê-los do comércio ilegal, realizando um censo das fêmeas que desovam nas praias e coletando outros dados para a conservação da espécie.

Espécie é monitorada por órgãos de preservação ambiental – Foto: Divulgação/ Wildlife Conservation Society

Para contar as tartarugas adultas e estimar a população que desova nas praias, a WCS e parceiros adotaram o uso de drones.

Além da inclusão de uma área de proteção para preservar permanentemente as tartarugas adultas e filhotes.

WCS conta com os seguintes parceiros: Ecovale, comunidade de Versalles na Bolívia, agências ambientais do Brasil e Bolívia e população local.

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