Ícone do site Portal Norte

Malária: Manaus apresenta redução do número de casos dos últimos 4 anos

Malária Monitoramento e eliminação de criadouros de mosquitos - Foto: Altemar Alcantara/ Semcom

Monitoramento e eliminação de criadouros de mosquitos - Foto: Altemar Alcantara/ Semcom

Com uma redução de 37,2% de casos de malária em comparação com 2021, o município de Manaus encerrou o ano de 2022 com o menor registro de casos da doença nos últimos quatro anos.

Foram registradas 2.806 notificações no ano passado no município e 4.469 casos no ano de 2021.

Os dados relativos à doença são monitorados pela Prefeitura de Manaus.

+ Envie esta notícia no seu Whatsapp

Envie esta notícia no seu Telegram

Casos de malária

O controle dos dados é feito pelo Núcleo de Controle da Malária, por meio da Gerência de Vigilância Ambiental e Controle de Agravos por Vetores, vinculada à Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Ambiental, Zoonoses e Saúde do Trabalhador da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).

Segundo a gerente de Vigilância Ambiental e Controle de Agravos por Vetores da Semsa, enfermeira Alinne Antolini, os dados seguem a tendência de redução, a cada ano, no número de casos de malária desde 2018, quando foram registradas 8.348 notificações da doença, seguindo de 6.530, em 2019, e 5.280 casos, em 2020.

Durante o ano de 2022, foram realizados 82.107 exames para diagnóstico de casos suspeitos.

Saúde pública

A malária é uma doença infecciosa produzida por protozoários do gênero Plasmodium, cujo principal vetor é o mosquito Anopheles darlingi, e é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um grande problema de saúde pública nos países em desenvolvimento.

Um dos projetos é o VIGilAdMA – Fortalecimento da farmacovigilância e da adesão terapêutica ao tratamento de malária, que é um estudo coordenado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em parceria com Ministério da Saúde, e executado pela Semsa, com o objetivo de implantar a farmacovigilância para tratamentos com antimaláricos, incluindo ações específicas para melhorar a adesão e a detecção precoce de sintomas de anemia hemolítica.

“O estudo apresentou resultado positivo, considerando a redução no percentual de Lâminas de Verificação de Cura (LVC) de pacientes diagnosticados e tratados para malária, de 26% no ano de 2016, para 19% no ano de 2020, mostrando que houve uma redução das recaídas pela doença e melhor adesão do tratamento pelos pacientes”, afirmou enfermeira Alinne Antolini.

RELACIONADAS

+ AM teve mais de 50 mil casos de malária em 2022, menor número em 4 anos

+ Malária e animais peçonhentos: Amazonas terá monitoramento de óbitos

+ Manaus apresenta redução de 41,3% nos casos de malária, diz Semsa

A Semsa também tem contribuído com a participação no Estudo TRuST – Viabilidade Operacional da Cura Radical Apropriada de Plasmodium vivax com Tafenoquina ou Primaquina após Teste Quantitativo de G6PD no Brasil, iniciado em 2021 em Manaus.

O estudo é coordenado pela Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT/HVD), em parceria com Ministério da Saúde, e em Manaus a ação é integrada entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES/AM), a Fundação de Vigilância em Saúde – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS/RCP) e Semsa.

O uso da tafenoquina reduz o tratamento de malária de sete para três dias, o que torna a adesão do paciente maior ao tratamento, reduzindo consequentemente as chances de recaídas.

O estudo tem como um dos objetivos obter evidências sobre a viabilidade operacional do uso do medicamento na prática diária de atendimento das unidades de saúde de baixa complexidade.

O resultado final vai auxiliar na avaliação da viabilidade operacional e na geração de evidências para subsidiar uma possível adoção futura do medicamento em diferentes áreas do Brasil.

Sair da versão mobile