Na última terça-feira (3), a Justiça Federal de Roraima concedeu liberdade provisória para um trio de garimpeiros presos em Terras Indígenas Yanomami.

Identificados na de região de Palimiú, em uma comunidade indígena, o trio portava uma pequena quantia de ouro, além de armamento e munição.

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No ato da prisão em flagrante, pela Força Nacional, foram identificados quatro garimpeiros, dos quais um conseguiu fugir, após realizar ameaças com armamento.

O trio, agora em liberdade provisória, se rendeu à Força Nacional e foram encaminhados para interrogatório.

Interrogatório

No interrogatório, o trio informou que exerciam atividade de garimpo na reserva indígena Yanomami.

Além disso, em posse dos garimpeiros foi identificado dois revólveres calibre 38, uma espingarda calibre 20 e material de munição.

No momento da prisão em flagrante, os garimpeiros estavam pernoitando nas proximidades de uma comunidade indígena Yanomami.

Ao se aproximarem dos suspeitos, um dos garimpeiros apontou uma arma para os policiais e escapou do flagrante.

As equipes realizaram buscas para identificar o fugitivo, porém, sem resultados.

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Medidas restritivas

A concessão de liberdade foi realizada pelo juiz federal Rodrigo Mello, que impôs uma série de medidas restritivas.

Entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica pelos garimpeiros, além da apresentação mensal em juízo.

Outras medidas são as seguintes: não se ausentar de Boa Vista sem autorização, não mudar de endereço e não se aproximar de áreas de garimpo.

Garimpo ilegal em terras Yanomamis

A Força Nacional está trabalhando, desde o início de janeiro, na expulsão de garimpeiros das Terras Indígenas Yanomami, em Roraima.

As medidas foram intensificadas após a explosão nacional da crise sanitária em território Yanomami.

A atividade garimpeira causa danos ao meio ambiente, seja pela contaminação dos rios ou pela degradação do solo.

Mais três balsas de garimpo ilegal são destruídas no Vale do Javari - Foto: Reprodução/Twitter @policiafederal
Balsas de garimpo ilegal – Foto: Reprodução/Twitter @policiafederal

De acordo com Daniel Santos, biólogo e especialista em Ecologia, o garimpo de ouro, por exemplo, pode gerar rejeitos contendo mercúrio metálico.

Esse rejeito, lançado ao meio ambiente, pode ser ingerido em sua forma mais tóxica.

Além disso, o garimpo ilegal acarreta diversos conflitos de terra, ameaçando territórios de comunidades indígenas.

*Sob supervisão de John Britto