Nesta segunda-feira (8) é celebrado o Dia Nacional das Hemoglobinopatias, com doenças que podem causar diferentes níveis de anemia.
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Com a data, o intuito é informar sobre as doenças, bem como debater sobre políticas públicas aos portadores de hemoglobinopatias.
No Amazonas, a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia (Hemoam) atende 330 pacientes com hemoglobinopatias.
O que são as hemoglobinopatias?
As hemoglobinopatias são doenças com alterações genéticas e hereditárias na produção da hemoglobina.
Essa proteína é responsável pelo transporte de oxigênio para os tecidos do corpo e seu desequilíbrio pode afetar também alguns órgãos.
Dentre as hemoglobinopatias, a mais frequente é a Anemia Falciforme, que corresponde a um total de 85% dos casos atendidos.
Em segundo lugar vem a Talassemia e depois as hemoglobinopatias mais raras representadas pelas HbC, HbE e HbD.
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Atendimento no Hemoam
A fundação hospitalar possui um programa destinado para atender pacientes com hemoglobinopatias.
Na equipe do Hemoam há enfermeiros, médicos hematologistas, médica clínica, assistente social, psicólogo, odontólogo, fisioterapeuta e farmacêutica.
Segundo a médica hematologista Cinthia Xerez de Albuquerque, a assistência multiprofissional pela equipe é individual.
O direcionamento varia conforme a necessidade de cada paciente, podendo ser ambulatorial, de urgência, internação e domiciliar.
Além disso, o Hemoam oferta medicamentos pelo Programa de Atenção Integral aos Pacientes com Doença Falciforme.
A médica hematologista reforça que o Hemocentro oferta hemocomponentes indicados quando há necessidade de transfusão.
Convivendo com a Anemia falciforme
Karolinny Stefanny, de 20 anos, descobriu a anemia falciforme desde o nascimento, com o Teste do Pezinho.
A jovem está entre os 8% da população brasileira que convive com anemia falciforme.
Os sintomas mais comuns da doença são as dores agudas e a limitação motora, por conta da oxigenação reduzida dos órgãos.
Na anemia falciforme, as hemácias, responsáveis por oxigenar os órgãos do corpo, têm um formato anormal, semelhante a uma foice
“Quando essas hemácias passam pelos vasos mais estreitos do corpo, há uma tendência de que elas se aglomerem até romperem estes vasos, causando muitas dores, inflamações e infecções”, explicou a gerente médica e hematologista do Hemoam, Suênia Araújo.
Para aliviar os sintomas, Karolinny faz tratamento com remédios. O acompanhamento médico ajuda a evitar complicações.
Diagnóstico e tratamento de hemoglobinopatias
O diagnóstico precoce das hemoglobinopatias é essencial para um tratamento adequado.
Caso não identificadas precocemente, podem constituir uma ameaça à vida dos pacientes.
A triagem neonatal, com o Teste do Pezinho, é um método fundamental para rastreio das hemoglobinopatias.
É possível tratar as hemoglobinopatias com o controle da anemia, prevenção das crises hemolíticas e das infecções.
Os tratamentos melhoram a qualidade de vida e aumentam o tempo de vida do paciente.