A Polícia Federal (PF) abriu uma operação para prender 18 investigados de um quadrilha ligados a um esquema de tráfico de drogas com a troca de etiquetas de bagagens no Aeroporto de Guarulhos (SP), nesta terça-feira (18).
Em março, atuação da quadrilha levou duas mulheres à prisão injustamente por 38 dias na Alemanha.
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As autoridades haviam encontrado cocaína em malas com o nome delas.
A operação “Colateral” ainda vasculha 27 endereços em Guarulhos e São Paulo.
Durante as diligências, um dos alvos quebrou o celular ao constatar a chegada da PF em sua casa.
Das 18 ordens de prisão expedidas, 17 já haviam sido cumpridas até o momento.
Os investigadores dizem ter identificado os mandantes do crime que resultou nas prisões injustas em março, além de integrantes da quadrilha que ainda teriam traficado cocaína para Portugal e para a França.
As diligências cumpridas integram a segunda etapa ostensiva da “Colateral”.
Segundo a PF, são alvo de ordens de prisão preventiva “executores dos três eventos de tráfico internacional de drogas” e os líderes do esquema, que seriam responsáveis pelo envio de mais de 120 quilos de cocaína para a Europa.
Mulheres presas injustamente por esquema de quadrilha
A quadrilha alvo da Operação Colateral acabou vitimando a personal trainer, Kátyna Baía, de 44 anos, e a veterinária Jeanne Paolini, de 40 anos.
Elas foram presas no dia 5 de março, na Alemanha, acusadas de tráfico de drogas, após as etiquetas com os nomes das duas foram colocadas em malas com cocaína.
As goianas ficaram encarceradas na Alemanha por um mês enquanto a Polícia Federal conduziu investigação que apontou a troca de etiquetas das bagagens realizadas por funcionários do Aeroporto de Guarulhos.
Seis ligados ao esquema já haviam sido presos na primeira etapa da Colateral.
Os alvos prestavam serviço em Cumbica, bairro de Guarulhos, e tinham acesso à área restrita.
No dia 11 de abril, as brasileiras foram soltas após o Ministério da Justiça encaminhar à Justiça alemã o inquérito policial e os vídeos que, segundo a Polícia, inocentavam as duas goianas.
Um mês depois, a advogada das goianas informou que elas iriam entrar com duas ações de reparação, uma na Justiça brasileira e outra na alemã, em razão do episódio.
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