Em nota publicada pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a “bancada ruralista” diz que aguarda posicionamento “urgente” do governo federal sobre questões “de cunho ideológico e sem critério científico ou acadêmico” no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
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As questões em específico tratam da expansão do agronegócio na Amazônia e Cerrado, sendo os itens 70 e 89 da prova branca.
Eles também questionam o item 71, que compara a corrida espacial à colonização do Brasil.
“O ENEM é um exame de avaliação do conhecimento. As perguntas são mal formuladas, de comprovação unicamente ideológica e permite que o aluno marque qualquer resposta, dependendo do seu ponto de vista. Anulação já!”, afirmam em nota.
A primeira questão repudiada é sobre a expansão da agropecuária para dentro da Amazônia, associado ao aumento do desmatamento, garimpo e extração de madeira. O enunciado traz um trecho científico sobre o assunto.
Em relação ao Cerrado, a prova aborda o crescimento de práticas industriais ao agronegócio na região, com o uso de maquinário pesado, agrotóxicos em massa e precarização do trabalho manual.
No item 71, o texto aborda a tendência de apenas ricos terem acesso a viagens espaciais e ironiza o fato, fazendo relação com a colonização no Brasil e a chegada do homem a um planeta que já existe “vida” alienígena.
Segundo a frente parlamentar, essas questões apontam “negacionismo científico” contra o setor. Além disso, eles alegam que o governo propaga desinformação sobre a “principal atividade econômica e de produção de riqueza, renda e empregos”.
A ações requisitadas pela bancada são:
- Requerimento de convocação do Ministro da Educação, Camilo Santana, para audiências na Câmara dos Deputados e Senado Federal;
- Requerimento de informação ao Ministério da Educação sobre a banca organizadora do ENEM 2023 e referências bibliográficas utilizadas para a construção do exame;
- Anulação das questões 89, 70 e 71 do ENEM 2023.
Veja as questões citadas:
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