A advogada Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, foi presa nessa quarta-feira (20) por suspeita de envenenar e assassinar Leonardo Pereira Alves e Luzia Tereza Alves. Eles são, respectivamente, o pai e a avó do seu ex-namorado.

A suspeita é de que os dois teriam sido envenenados durante o café da manhã de domingo (17), ocasião em que a advogada também teria consumido os alimentos e passado mal.

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Mãe e filho foram internados com dores abdominais, vômitos e diarreia, e morreram ainda no domingo. Ainda não há perícia que indique a presença de veneno na comida ou nos organismos dos três.

Inicialmente, cogitou-se uma intoxicação alimentar causada por produtos de uma doceria de Goiânia, o que a polícia descarta.

Amanda, que já namorou com o filho de Leonardo, comprou os alimentos do café nessa doceria, segundo a investigação.

O crime teria sido motivado por um “sentimento de rejeição” pelo fim do relacionamento com Leonardo Filho, que durou cerca de 45 dias, e acabou em 10 de agosto.

Uma semana após o término do namoro, Amanda informou à família do ex-namorado sobre uma gestação, mas segundo a polícia, ela não está grávida.

Ameaças

Segundo a polícia, desde 27 de julho, Leonardo Filho tem recebido ameaças por perfis falsos em redes sociais, ligações telefônicas e mensagens.

A polícia concluiu que elas partiram de perfis falsos criados por Amanda. O número original do celular que ligava e mandava mensagens era mascarado.

Este número de celular original está registrado no nome do irmão da Amanda e o número para recuperação de senha era o de Amanda, afirma a polícia.

Leonardo Filho chegou a bloquear 100 números de telefone.

Além de Leonardo, a família era ameaçada, com frases como “depois não adianta chorar em cima do sangue dele”. Segundo informações, a boa relação com a família era falsa.

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Compra na padaria

Amanda foi a uma padaria comprar os alimentos que levou para o café e depois foi à casa da família do ex, por volta das 10 horas de domingo, onde ficou até às 13 horas.

Estavam à mesa Amanda, Leonardo Alves, a mãe dele, Luzia Tereza Alves, e o pai dele, que a polícia identificou como João.

Idoso ainda não deu depoimento, mas a polícia foi informada que o ele não consumiu nada no café. Antes mesmo de Amanda ir embora, o ex-sogro começou a passar mal.

Amanda voltou para Itumbiara, cidade onda mora, logo que saiu da casa do antigo namorado e, no caminho, recebeu mensagem do ex-sogro, na qual ele a orientava a buscar atendimento médico porque ele suspeitava que a comida estava estragada.

A primeira suspeita da família foi intoxicação alimentar. Amanda só foi ao hospital à meia-noite, após saber da morte do ex-sogro.

Leonardo começou a passar mal por volta das 13h e morreu à noite. Já a mãe dele chegou a ser internada na UTI, e morreu de madrugada.

Os exames para comprovar a presença de veneno nos produtos consumidos no café e a necropsia dos corpos continuam em andamento.

Presa em clínica psiquiátrica

Amanda foi presa em uma clínica psiquiátrica em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital.

Ela teria sido internada pela família por volta do meio-dia dessa quarta (20), após ter tentado se matar com medicamento e acetona. Agora ela é investigada por duplo homicídio qualificado.

Suspeita diz que ‘amava a família’

Ao ser presa, a advogada afirmou não ter “feito isso” e que “amava a família”.

Segundo a polícia, ela chegou a mostrar exames de gravidez à família do ex-namorado, mas no momento ela não espera um filho.