Mais de 120 pessoas morreram pelos incêndios florestais no Chile, cães e gatos perambulavam cobertos de cinza e com queimaduras em estado crítico.
Mais de 100 animais já foram tratados por veterinários da Universidade Vinã del Mar, em um cenário que configura a maior emergência natural desde o terremoto de 2010, que vitimou 525 pessoas e deixou milhares de feridos no sul do país.
Segundo o diretor da instituição, Nicolas Escobar, a clínica já atendeu mais de 100 cães, gatos e coelhos desde sexta-feira. Apesar de já ter recebido animais em outros incêndios florestais, os fogos que assolam o Chile nos últimos dias representam “uma tragédia muito maior”.
“Nunca vi uma situação tão complicada”, disse ele.
A clínica também está ajudando a localizar os donos de animais de estimação perdidos através das redes sociais e da digitalização de microchips. O responsável destacou que já foi possível reunir alguns animais com seus donos, mas muitos continuam desaparecidos.
A onda de calor resultante do fenômeno climático El Niño está atingindo o sul da América Latina, provocando incêndios florestais agravados pelo aquecimento global.
O fenômeno ameaça ainda a Argentina, o Paraguai e o Brasil nos próximos dias.
Na segunda-feira (05), o alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, ofereceu ajuda ao Chile para o combate aos incêndios.