Um ano após o devastador terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o sudeste da Turquia e a cidade vizinha Síria, as famílias ainda buscam pelos seus familiares.
O desastre que tirou a vida de quase 60 mil pessoas na Turquia, as famílias que têm entes queridos desaparecidos continuam pressionando as autoridades e sofrendo com a incerteza sobre o que lhes aconteceu.
Conforme a Associação de Solidariedade com as Vítimas do Terremoto e Parentes dos Desaparecidos (DEMAK), o paradeiro de 140 pessoas, incluindo 38 crianças, ainda é desconhecido. Destas, 118 teriam desaparecido em Hatay, a região mais afetada.
Tugba que estava grávida de oito meses na época do desastre, recordou o choque ao ver os escombros do prédio do irmão. Acompanhada pela mãe, pelo marido e pelos dois filhos, ela procurou o irmão entre as chapas de metal caídas, mas a busca foi infrutífera.
A família acompanhou as operações de busca por oito dias, sem sucesso. Tugba, recorreu aos tribunais, cemitérios e registros hospitalares, declarando o irmão como desaparecido.
Após postar fotos nas redes sociais, ela recebeu uma ligação informando que o irmão teria sido retirado do edifício vizinho e colocado em um veículo branco.
Apesar de reacender as esperanças, Tugba acredita que o irmão foi enterrado em uma cova não identificada.