Nesta quinta-feira (11), a Sociedade de Amigos da Barra do Sahy entrou na Justiça com pedido de embargo em caráter de urgência das obras de desassoreamento do rio Sahy e construção de um molhe recém-iniciado pela Prefeitura de São Sebastião, em São Paulo.
De acordo com o portal Carta Capital, o principal argumento da prefeitura para fazer as obras é aumentar a capacidade de escoamento das águas pluviais e reduzir riscos de inundações em áreas habitadas, entre elas a Vila Sahy e a Baleia Verde.
Esses bairros, bem como a rua Maria Caetana, que fica paralela ao rio na área mais próxima ao mar, até hoje não recebem água encanada nem serviço de esgoto. No entanto, o temor é que as obras causem danos ambientais irreversíveis para o rio, a praia, o manguezal e a fauna do rio Sahy.
Questiona-se também se a muralha não poderia agravar a ocorrência de alagamentos na região, em vez de contribuir para evitá-los. Moradores de Boiçucanga, outra praia do município, dizem que o molhe construído ali não evitou novos alagamentos e aumentou o número de marinas no rio, exigindo trabalho de assoreamento.
O Instituto de Conservação Costeira, parceiro da prefeitura e co-gestor da APA Baleia Sahy, também veio a público nesta quinta em apoio à interrupção da obra do molhe enquanto estudos mais aprofundados não sejam realizados. Ao final da tarde, a prefeitura respondeu ao ICC aceitando a suspensão temporária da construção do paredão de pedras.