A universidade onde Matteus teria cometido fraude racial se manifestou e confirmou a suspeita: ele se autodeclarou preto.
O Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFAR) afirmou à revista Contigo que ele usou a cota racial.
A universidade alega que a Lei de Cotas 2012 dizia que o único documento exigido para comprovação de etnia era uma declaração. A nota diz ainda que não havia nenhum mecanismo disponível para checar a autodeclaração do aluno.
A instituição de ensino disse ainda que a única maneira de comprovar fraude seria se houvesse denúncia por parte de outro aluno, o que não aconteceu.
“Ou seja, alguém deveria fazer uma denúncia formal na Ouvidoria da instituição. Nesse caso, a questão poderia ser investigada internamente, por meio de um processo administrativo normal, que assegurasse ampla defesa de todas as partes”.
O curso de engenharia agrícola, para o qual Matteus se inscreveu, não existe mais na universidade desde 2021.
O caso veio a tona nesta quinta-feira (13), quando um documento obtido pelo colunista Alessandro Lo-Bianco, do IG Gente, vazou na internet.