A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados realizou uma audiência pública, nesta terça-feira (18), para discutir a exploração de petróleo na bacia sedimentar do Tacutu, em Roraima.
A audiência foi solicitada pelo deputado Gabriel Mota (Republicanos-RR). Segundo ele, a exploração do petróleo no local é capaz de gerar milhares de empregos no estado.
O diretor de Política de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural, Jair Rodrigues dos Anjos, destacou que a exploração pode impulsionar a economia local.
Durante o evento, ele afirmou que o Governo Lula apoia a exploração.
Ele enfatizou que a exploração deve ser ambientalmente sustentável, e ressaltou a menor pegada de carbono do petróleo brasileiro em comparação a outros países.
No entanto, grande parte da Bacia do Tacutu está dentro da reserva indígena Raposa Serra do Sol, habitada pelos povos Wapichana, Patamona, Makuxi, Taurepang e Ingarikó.
Novos locais para a busca de petróleo
Em 1980, a Petrobras realizou os primeiros levantamentos sobre a possível existência de petróleo na região, mas não chegou a confirmar, segundo o jornal Metrópoles.
Um estudo de 2016 da Universidade Federal de Roraima (UFRR) encontrou indícios de petróleo na bacia sedimentar do Tacutu.
O debate coincide com a mudança na liderança da Petrobras, onde a nova presidente, Magda Chambriard, apoia a sondagem de novos locais para combustíveis fósseis.
O ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, saiu do cargo após desentendimentos com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que defende a ampliação da exploração de petróleo, especialmente na Margem Equatorial.
Chambriard criticou a demora do Ibama para autorizar estudos na Margem Equatorial. “O que não se resolveu em dez anos dificilmente será resolvido tecnicamente”, disse ela.
Com informações de Folha BV e Metrópoles.