Uma cartilha do PCC com 45 regras da facção foi apreendida em uma penitenciária em São Paulo. Segundo as investigações, o preso flagrado com o material vai cumprir uma condenação de quatro anos e cinco meses.
De acordo com o UOL, o detendo escreveu a cartilha trazendo as regras que os membros da facção devem respeitar dentro do crime organizado. Durante o interrogatório em março deste ano, ele admitiu ter escrito a cartilha pessoalmente, mas negou qualquer ligação com o PCC.
O documento, de sete páginas, tem como título “cartilha do crime”. Logo na primeira linha, o autor esclarece a importância das explicações contidas ali. “Esse dicionário é uma ferramenta analisada com muita prudência antes da aplicação das sanções para quem descumprir as determinações”.
Entre as condutas proibidas estão “atos de talaricagem”, ou seja, um participante não pode sair com a esposa/esposo do outro. Além disso, “atos de esperteza” quando há uso de má-fé ou abuso de confiança, “atos de malandrismo” quando usam da força física para subtrair algo de algum comparsa. Outro exemplo é a “atitude isolada”, quando o integrante age sem consultar os superiores.
A regra 27 chamou atenção porque condena a homossexualidade dentro das prisões. Essa atitude é caracterizada quando um preso ou presa mantém relação ou atos libidinosos com alguém da mesma cela. A punição é a exclusão do PCC sem possibilidade de retorno.
Por fim, a maioria das regras são de respeito entre as hierarquias dentro do PCC e da importância de seguir cada uma, para o próprio bem do participante.