Um homem de 46 anos foi condenado a 48 anos de prisão em regime fechado. A acusação é de estupro contra uma das filhas, menor de 14 anos de idade na época do crime. Os crimes praticados pelo pai, aconteceram entre os anos de 2014 e 2015.
O caso foi julgado pelo juiz Alan Ide Ribeiro da Silva, da comarca de Augustinópolis, na última segunda-feira (14). A acusação é de que o professor usava sua autoridade de pai, para abusar sexualmente da própria filha. A vítima, que ainda não tinha completado 14 anos, foi abusada nove vezes.
Na sentença, o juiz afirmou que tanto a materialidade quanto a autoria do crime foram comprovadas “através do vasto acervo probatório coligido aos autos”.
O magistrado escreveu ainda que “confirmou-se efetivamente que inexiste qualquer contradição nos relatos da vítima e tampouco qualquer indício de que esta teria motivos para imputar falsamente ao denunciado a autoria dos fatos narrados na inicial acusatória”.
A defesa do acusado ainda afirmou que não tinham provas suficientes do crime de estupro. Mas a decisão reforçou que o ‘grande acervo’ do processo, levou à condenação.
“Assim sendo, tendo a versão da vítima grande peso em crimes que ocorrem em locais isolados, notadamente em crimes sexuais, não há motivo algum para descredibilizar sua versão, notadamente quando nenhuma outra testemunha poderia dizer sobre o fato por não ter visto”, pontua o juiz.
De acordo com o processo, os crimes aconteciam dentro do quarto da casa da família, com as portas trancadas. Isso indica uma culpabilidade elevada. Além disso, a vítima relatou que o pai vivia bêbado.
Além disso, o pai teria utilizado do namoro da vítima para se aproveitar dela sexualmente. Quando a esposa não estava em casa, ele se trancava com a filha no quarto. De acordo com a sentença, a adolescente era levada pelo pai para o quarto, afirmando que queria conversar com ela. Mas ele a surpreendia, impossibilitando sua defesa.
Todos esses pontos foram levados em consideração para que o juiz estipulasse a pena final de 48 anos. O magistrado Alan Ide ainda manteve o réu preso preventivamente. Isso porque a filha ainda tem medo do pai e ainda voltou a sofrer com chantagem emocional do lado paterno, depois de denunciar o caso.