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Hospital de animais silvestres do DF acolheu mais de 200 vítimas de queimadas na 1ª quinzena de outubro

Hospital de animais silvestres do DF acolheu mais de 200 vítimas de queimadas na 1ª quinzena de outubro

Hospital de animais silvestres do DF acolheu mais de 200 vítimas de queimadas na 1ª quinzena de outubro. Foto - Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Mais de 200 animais vítimas de incêndios florestais foram atendidos na primeira quinzena de outubro no Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre do DF (Hfaus).

Pioneiro no Brasil em um modelo único de atendimento a animais silvestres, o hospital já ultrapassou os mil atendimentos. Desde a criação, em março, até outubro deste ano, foram 1.109 animais acolhidos pela unidade.

Iniciativa do Brasília Ambiental com parceria privada, a instituição conta com uma equipe multidisciplinar que oferta acompanhamento da saúde física, nutricional, comportamental e psicológica aos bichos resgatados.

Um quantidade incalculável de animais nativos do Cerrado foram vítimas das queimadas que atingiram o Parque Nacional de Brasília.

De acordo com o gerente de Fauna do Brasília Ambiental, Rodrigo Santos, a maioria dos animais que chegam ao hospital é de filhotes.

Entre as espécies que já passaram pelo centro de reabilitação estão tamanduás-bandeiras e mirins, ouriços-cacheiros, lobos-guarás, um veado-catingueiro, onças-pardas, miquinhos, saruês e diversas aves.

Para o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, atingir a marca de mil atendimentos após oito meses de funcionamento exemplifica a necessidade latente da iniciativa.

“O hospital, além de ser o primeiro a funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, oferece um atendimento de extrema qualidade. Nosso objetivo é manter a qualidade do atendimento e ampliar ainda mais as solturas e reabilitações das diversas espécies”, afirma.

O hospital dispõe de recursos como exames laboratoriais (sangue e urina), oftalmologia, ultrassom, raio-X e até tomografia.

Além de separar mamíferos, répteis e aves, o local é dividido em alas para distanciar os animais e evitar a convivência entre predadores e presas, onde cada paciente recebe um tratamento de acordo com sua condição.

O objetivo final do Hfaus é reabilitar os animais para que sejam reinseridos na natureza. Após o diagnóstico, os animais passam por tratamento e, caso recebam alta e estejam aptos a se reintegrar na fauna, são levados de volta ao Cerrado.

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