Um dos irmãos de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, homem que explodiu bombas próximas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e morreu, afirmou que ele estava obcecado por política nos últimos anos. A explosão aconteceu na frente do STF e outra no carro de Francisco, próximo ao anexo 4 da Câmara dos Deputados.
A informação do irmão de Wanderley, que ja foi candidato a vereador pelo PL, em 2020, foi concedida durante entrevista à TV Brasil.
De acordo com o irmão, o Tiü França, como era conhecido, participou de acampamentos em rodovias contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e estava com comportamento irreconhecível.
“A pessoa com a cabeça fraca, se não está bem centrada, acaba se deixando levar pelo ódio”, afirmou o irmão de Francisco para a equipe da TV Brasil por telefone.
O irmão afirmou que não mantinha contato com o homem de 59 anos nos últimos meses.
Assim como ele, outros parentes também não conseguiram manter contato com Francisco. De acordo com o Metrópoles, o filho adotivo de Wanderley afirmou que tentou entrar em contato com o pai várias vezes nos últimos meses e não sabia onde ele estava.
Para o irmão, Francisco era chaverio e uma pessoa tranquila. Porém, após as últimas eleições presidenciais em 2022, ele só falava de política, o que dificultava o convívio. A situação piorou com a chegada do presidente Lula no poder.
De acordo com o parente, o ex-candidato do PL particpou de acampamentos em estradas de Santa Catarina contrários à eleição de Lula, nas eleições de 2022.
Para ele, na explosão, Francisco não tinha a intenção de matar o ministro do STF, Alexandre de Moraes. As investigações apontam que o autor do atentado tinha como alvo o magistrado, que é relator dos inquéritos sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.
*Com informações da Agência Brasil.