Uma mulher de 19 anos, e outras três pessoas foram presas por envolvimento no linchamento de um homem de 48 anos, no município de Jutaí, interior do Amazonas.
A mulher de 19 anos, que teve a identidade preservada, seria mãe da criança e teve participação direta na morte do homem.
Além dela, Abraão Lopes Ferreira, de 32 anos, David Araújo Freitas, de 23, e Mateus Soares Lopes, de 25, também foram presos por envolvimento no linchamento, em Jutaí. A polícia indiciou outras 30 pessoas que participaram do crime.
O crime ocorreu em setembro deste ano, no município, após o indivíduo ser preso e confessar ter estuprado e matado uma criança de 1 ano.
Na ocasião, retiraram-no da delegacia e o queimaram até a morte. Em razão disso, as pessoas que participaram do crime responderão por suas ações.
“Logo após o crime, nós conseguimos pegar as imagens que estavam nas redes sociais e avaliamos cada pessoa que participou”, afirmou a delegada Mariane Menezes, do 56º Distrito Integrado de Polícia.
Mãe da criança
De acordo com a delegada Menezes, a mãe da criança teve participação no crime ao incitar a população a fazer justiça com as próprias mãos.
“Ela contribuiu com o crime ao abandonar a criança no flutuante no dia anterior. No dia seguinte, procurou a polícia, dizendo-se preocupada porque a criança havia desaparecido. No entanto, ao ver a movimentação na delegacia e saber do interrogatório, começou a incitar a população a fazer justiça com as próprias mãos”, afirmou.
Linchamento em Jutaí
Conforme a delegada Mariane Menezes, a justiça pela vítima já estava sendo feita, e o homem já estava à disposição da justiça.
“Eles impediram que aquela pessoa continuasse presa, já estava tudo certo. Vão responder por dano, resistência e também pelo vilipêndio a cadáver, pois, após a morte, submeteram aquele corpo a maus-tratos, o que agrava a situação”, explicou.
Um vídeo mostra a população de Jutaí tentando invadir uma delegacia para pegar o suspeito de estuprar uma bebê. Contudo, a polícia conseguiu assegurar a proteção da unidade apenas por quatro horas.
Isso porque quando escureceu, os populares, revoltados, começaram a invadir e jogar explosivos. Os moradores então retiraram o suspeito do local, o espancaram e, em seguida, colocaram fogo em seu corpo.