Kimberly Hanzlik, de 59 anos, deixou a prisão após cumprir 13 anos. O Ministério Público do Bronx apresentou novas evidências que contradizem os relatos que a ligavam a um assassinato em Nova York, em 1999.
Condenaram Hanzlik em 2011 por, supostamente, ajudar o assassino de aluguel Joseph Meldish a localizar sua vítima. A acusação alegava que ela identificou Thomas Brown em um bar no Bronx, facilitando o crime. No entanto, novas descobertas apontam que Hanzlik não estava no local na noite do homicídio.
Um caso repleto de contradições
De acordo com o New York Post, testemunhos frágeis incriminaram Hanzlik na época. A motorista que ajudou na fuga de Meldish afirmou inicialmente que Hanzlik não estava no bar durante o crime, mas ignoraram essa informação no julgamento. Além disso, documentos policiais antigos mostram inconsistências no relato da viúva de Brown, que mencionou a presença de Hanzlik apenas sete anos depois do ocorrido.
Outro ponto levantado pela defesa foi a conduta questionável do detetive que conduziu o caso. Segundo os advogados de Hanzlik, o policial, que já faleceu, teria forçado testemunhas a fazer identificações falsas em outros casos, o que colocou em xeque a credibilidade das provas apresentadas contra a acusada.
A decisão que virou o jogo
Com essas novas evidências, um juiz no Bronx Hall of Justice anulou a condenação de Hanzlik, rejeitou a acusação e ordenou sua imediata libertação. Para a promotora Darcel Clark, a revisão da sentença foi necessária.
“A Sra. Hanzlik cumpriu 13 anos com base em depoimentos que hoje não atendem ao padrão de credibilidade. No interesse da justiça, não podemos mantê-la presa”, declarou Clark, reconhecendo o impacto doloroso que a decisão tem para a família da vítima.
Repercussão e emoção
A libertação de Hanzlik gerou reações divididas. Para sua defesa, o momento foi uma vitória incontestável. “Sempre soubemos que ela era inocente. Ela nunca esteve no local do crime”, afirmou Irving Cohen, advogado de Hanzlik, destacando a emoção da cliente ao deixar a prisão.
Por outro lado, a viúva de Thomas Brown expressou revolta. “Estou enojada. É como se ela nunca tivesse sido presa. Meu marido era um homem bom, e nossa família foi destruída naquela noite”, desabafou Eileen Brown.
Por fim, o caso de Kimberly Hanzlik reacende o debate sobre erros judiciais e a necessidade de revisão de condenações com base em evidências frágeis, reforçando a importância de buscar justiça com transparência e responsabilidade.