Dois dos militares ‘kids pretos’, acusados de planejar um golpe de Estado no Brasil, serão transferidos para Brasília. A decisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os investigados, o general de brigada Mário Fernandes e o tenente-coronel Rodrigo Bezerra, estavam presos preventivamente no Rio de Janeiro desde 19 de novembro e serão levados ao Comando Militar do Planalto.
Detalhes da Transferência
Conforme a decisão judicial, os militares seguirão para o cumprimento da prisão preventiva em Brasília, sob normas específicas para prisões especiais de membros das Forças Armadas.
Além disso, Moraes permitiu visitas das esposas e filhos dos acusados, sendo outras visitas condicionadas a autorizações prévias.
A transferência será realizada em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), mas em horários distintos. Mário Fernandes já embarcou na manhã desta quinta-feira (5) e tem chegada prevista em Brasília às 11h25.
Rodrigo Bezerra, por sua vez, deve desembarcar às 16h50. Ambos serão encaminhados ao Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB).
Planejamento do Golpe
De acordo com investigações da Polícia Federal (PF), o grupo elaborou um plano chamado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado em 15 de dezembro de 2022.
A ação incluía o assassinato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Cinco pessoas foram presas em novembro com autorização do STF, incluindo:
- Mario Fernandes (general de brigada na reserva);
- Helio Ferreira Lima (tenente-coronel);
- Rodrigo Bezerra Azevedo (major);
- Rafael Martins de Oliveira (major);
- Wladimir Matos Soares (policial federal).
Segundo as investigações, Fernandes teria armazenado documentos que detalhavam o planejamento do golpe, incluindo a criação de um gabinete de crise a ser instaurado após os atentados.