O ano de 2024 deve marcar o recorde de temperaturas globais, tornando-se o mais quente da história, segundo o Serviço de Mudança Climática Copernicus (CS3).
O Boletim Climático divulgado nesta segunda-feira (9) revela que, o mês de novembro de 2024 foi o segundo mais quente já registrado, ficando atrás apenas de novembro de 2023.
Esse aumento nas temperaturas ocorre em um cenário global de intensificação dos eventos climáticos extremos.
No Brasil, o calor recorde agravou a seca mais severa já registrada no país, afetando milhões, especialmente no Norte.
A estiagem prolongada, agravada pela falta de chuvas e temperaturas elevadas, prejudica a agricultura, o abastecimento de água e favorece queimadas, como em Santarém (PA).
Impacto do aquecimento global
Segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), em novembro, cerca de 400 cidades enfrentavam seca extrema.
Em dezembro, a previsão é que o número aumente para 1.600, abrangendo todo o território nacional.
O impacto do aquecimento global também se reflete em eventos climáticos mais intensos.
As chuvas no Rio Grande do Sul, por exemplo, foram potencializadas pelo calor, criando volumes elevados de precipitação.
O aumento da temperatura no planeta tem impactos diretos na quantidade de vapor d’água na atmosfera, o que intensifica as chuvas e amplia os riscos de desastres naturais.
Com o agravamento das condições climáticas, especialistas ressaltam a importância de medidas urgentes para mitigar os efeitos do aquecimento global e proteger as populações mais vulneráveis.