Um “rato anfíbio” e outras 26 espécies de animais foram descobertos durante uma expedição realizada na Amazônia peruana em 2022.

Ao todo, 27 novas espécies fazem parte dessa descoberta, entre elas um “rato anfíbio” com patas parcialmente palmadas, que se alimenta de insetos aquáticos. A organização Conservação Internacional divulgou a descoberta.

Expedição e novas descobertas

De acordo com Trond Larsen, chefe do Programa de Avaliação Rápida da Conservação Internacional, a expedição revelou não apenas o rato-anfíbio, mas também um rato-espinhoso, um esquilo de apenas 14 centímetros, oito espécies de peixe, três anfíbios e dez borboletas.

Além disso, 48 espécies ainda precisam ser estudadas mais a fundo.

Essas descobertas ocorreram na região de Alto Mayo, uma área protegida que abriga diversos ecossistemas e territórios indígenas.

Larsen destacou a importância das descobertas, mencionando também um esquilo ágil, capaz de se esconder nas árvores, e um peixe-cabeça-de-bolha, uma espécie de bagre blindado.

Ao longo de 38 dias de expedição, a equipe registrou 2.046 espécies, utilizando ferramentas como armadilhas fotográficas, sensores bioacústicos e amostragem de DNA.

Entre as espécies documentadas, os pesquisadores classificaram 49 como ameaçadas, incluindo o macaco-barrigudo-de-cauda-amarela e o macaco-de-árvore.

Espécies descobertas na Amazônia peruana

A dessas novas espécies tem um grande significado científico e ecológico. Primeiramente, ela amplia o conhecimento sobre a biodiversidade da Amazônia peruana, uma das regiões mais ricas e, ao mesmo tempo, mais ameaçadas do mundo.

Além disso, a identificação de espécies como o “rato anfíbio”, que possui adaptações únicas, pode auxiliar os cientistas a entender melhor os ecossistemas aquáticos e terrestres da região, e como diferentes animais se adaptam a esse ambiente complexo.

Ademais, a descoberta de outras 48 espécies que ainda necessitam de mais estudos reforça a ideia de que a biodiversidade dessa área é ainda mais vasta do que o imaginado.

Por fim, isso torna o local um ponto de interesse científico, com enorme potencial para futuras pesquisas e novas descobertas.

*Com informações da Agência Brasil