O corpo da motorista Andréia Maria de Souza, de 45 anos, foi encontrado na manhã desta terça-feira (24) pelo Corpo de Bombeiros Militar, e será encaminhado para São Paulo para sepultamento. A Motorista foi uma das quatro vítimas fatais da queda da ponte JK.

A informação foi repassada pelo esposo da vítima, José de Oliveira, também caminhoneiro, e que acompanha de perto os serviços de resgate, desde o dia da queda da ponte.

Segundo informações obtidas pela equipe da TV Norte Tocantins, há anos, Andreia trabalhava realizando o transporte de produtos químicos.

Sepultamento em São Paulo

O corpo da motorista e quarta vítima fatal do acidente após o colapso da ponte JK, entre Estrito (MA) e Aguiarnópolis (TO), no último domingo (22), deve ser encaminhado para sepultamento no município de Brotas (SP), onde residia com a família.

Andréia Maria de Souza dirigia um dos dois caminhões que transportavam ácido sulfúrico e soda cáustica, e que caíram junto à ponte JK. Seu marido, o caminhoneiro José de Oliveira, aguardava o resgate da esposa desde o dia da queda.

Carga de material tóxico caiu no Rio Tocantins

Segundo informações enviadas pelo motorista da mesma empresa em que Andréia trabalhava, Edson Carvalho, a caminhoneira transportava ácido sulfúrico e soda cáustica, os dois principais produtos químicos movimentados pela companhia.

Edson comentou que outro caminhão, que também caiu no rio, carregava materiais similares aos transportados por Andréia.

Até o momento, os resultados das perícias para averiguar o nível de contaminação do Rio Tocantins não foram divulgados, mas os governos locais aconselharam a população a evitar o uso da água do rio.

Além disso, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) instaurou uma investigação para apurar os impactos ambientais do desabamento da ponte JK, na última segunda-feira (23).

As exigências do MPTO na investigção incluem:

  • Relatórios detalhados sobre as cargas químicas transportadas pelos caminhões envolvidos no acidente.
  • Laudos técnicos sobre a contaminação da água do rio Tocantins e planos emergenciais para sua descontaminação.
  • Informações sobre registros de intoxicação e medidas de proteção para as comunidades ribeirinhas.
  • Adoção de estratégias para garantir a segurança e fluidez no tráfego das rotas alternativas.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), IBAMA, secretarias estaduais de meio ambiente, defesa civil e corpos de bombeiros do Tocantins e Maranhão terão cinco dias corridos para apresentar os documentos requisitados pelo MPTO.