Na manhã desta terça-feira (24), o Corpo de Bombeiros encontrou mais dois corpos de vítimas da queda da Ponte do Estreito. Uma delas é Lorrane Cidrônio de Jesus, de 11 anos, e o outro é Kécio Francisco dos Santos, ambos sem vida.
A ponte desmoronou no último domingo (22) devido às péssimas condições em sua estrutura. Ao todo, os bombeiros encontraram três vítimas em óbito e uma com vida. 13 ainda estão desaparecidas.
Queda da Ponte de Estreito
O desmoronamento da Ponte do Estreito, que ligava o Tocantins ao Maranhão, deixou perdas doloridas próximas ao natal. No último domingo a queda da ponte sobre o Rio Tocantins, deixou diversas pessoas desaparecidas.
Segundo o Corpo de Bombeiros, até o momento, três vítimas da queda da ponte, em óbito, com corpos já recuperados, são: Lorrane Cidrônio de Jesus, 11 anos, Kécio Francisco Santos Lopes e Lorena Rodrigues Ribeiro, 25 anos.
A vítima com vida resgatada ainda no dia do acidente é Jairo Silva Rodrigues, 36 anos.
Descaso público
As péssimas condições da ponte já eram notadas e denunciadas por moradores locais. As reclamações eram feitas pelas redes sociais, como o caso do professor Edilson Brustolon, e por meio de trabalhos acadêmicos, como o feito por Alexssandro Teles.
Edilson Brustolon chegou a alertar as autoridades locais um dia antes do desabamento. Através de um vídeo divulgado, o professor expressou preocupação com o estado da ponte. O vídeo pode ser encontrado em outra matéria do Portal Norte.
Alexssandro Teles realizou seu trabalho de conclusão de curso (TCC) a respeito das más condições da ponte em 2020. O estudante mostrou por meio de fotografias diversos problemas na estrutura, como a falta de sinalização no local, asfalto deteriorado, ferros expostos por meio de grandes buracos, soleira de passeio quebrada, pontos de junção de tabuleiros com grandes desníveis, causando vibrações em quem passava, dentre outros problemas.
Nada foi feito pelo poder público.
Pronunciamentos sobre o ocorrido
Ontem, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, durante entrevista ao programa O Povo na TV, evitou assumir sua responsabilidade pelo ocorrido. Ele afirmou que o momento “não é de apontar o dedo e encontrar culpados” e acrescentou que “não fizeram isso no período certo.”, mesmo com as inúmeras denúncias dos moradores, professores e estudantes.
Confira a seguir a fala do Governador.