Os tanques de três caminhões que caíram no Rio Tocantins após a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no último domingo (22), estão intactos. Os tanques armazenavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas.
Nesta quinta-feira (26), o supervisor de Emergência Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Maranhão (Sema), Caco Graça, garantiu que não há riscos de vazamento.
Em entrevista a uma rede local, Graça explicou que a partir de análise da Marinha e da própria secretaria, constatou-se que não deve haver vazamento que ocasione a contaminação das águas.
“O pior cenário seria se a carga tivesse sido expelida durante a queda. Isso não aconteceu, os tanques estão intactos”, declarou.
O supervisor explicou ainda que o impacto de um vazamento seria mínimo, considerando a diluição dos produtos. Ainda assim, a região onde ocorreu o acidente teria prejuízos ambientais. Caco ressaltou, porém, que é possível ocorrer um vazamento durante a retirada dos tanques.
“Na retirada, poderá haver [vazamento], mas o risco de contaminação e impacto ambiental ele é pequeno”, afirmou Caco Graça. Além disso, o servidor da Sema afirmou que após se encerrarem as buscas pelas vítimas, aplicarão um plano específico para retirada do material contaminante.
O Governo do Maranhão já havia descartado o risco de contaminação nas águas do Rio Tocantins. Em publicação feita nas redes sociais, na quarta-feira (25), o governador Carlos Brandão afirmou que a Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) emitiu parecer técnico informando que não havia risco de contaminação nas águas do rio Tocantins quanto ao processo referente ao consumo.
Relembre o que aconteceu
A ponte que liga as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) cedeu por volta das 14h50 do último domingo (22). Parte da estrutura na BR-226 caiu sobre o Rio Tocantins.
Pelo menos seis pessoas morreram e outras 11 estão desaparecidas. Um total de 29 mergulhadores da Marinha realizam as buscas junto a equipes subaquáticas dos estados do Maranhão, Tocantins e Pará.
As equipes enfrentam dificuldades devido às características do rio. Com baixa visibilidade, forte correnteza e uma profundidade de cerca de 50 metros no local do acidente, o trabalho é extremamente desafiador.