A Meta anunciou o cancelamento dos seus programas de diversidade, inclusão e equidade (DEI). A decisão ocorre às vésperas da posse do presidente eleito Donald Trump. A empresa informou sobre a mudança aos seus colaboradores por meio de um memorando.
Nesta semana, a gigante das redes sociais também anunciou o fim do programa de checagem de fatos no Instagram e Facebook nos Estados Unidos.
As mudanças marcam um alinhamento à política conservadora de Trump e seus apoiadores.
A partir de agora, não há a abordagem de contratação baseada na diversidade. Além disso, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, desfez a equipe dedicada às políticas de DEI.
Alinhamento político com o conservadorismo
O alinhamento com o Partido Republicano fica claro quando se consideram as críticas em relação à moderação e verificação de conteúdos, incluindo discursos de ódio em redes sociais. Proprietário da plataforma X (antigo Twitter), Elon Musk – que compõe a equipe do novo governo – esteve na linha de frente dos protestos nos últimos anos.
Além disso, as ações de Zuckerberg demonstram a busca por uma reconciliação com Trump, desde sua eleição em novembro.
O empresário chegou a doar US$ 1 milhão para o fundo de posse de Trump, além de contratar um republicano como chefe de assuntos públicos da empresa. Dana White, presidente-executivo do Ultimate Fighting Championship (UFC), assumiu o cargo.
Os programas de diversidade em empresas são alvos de críticas dos republicanos nos últimos anos. Por isso, a empresa de Zuckerberg não foi a única a adotar a mudança de estratégia. Outras gigantes como Amazon, Ford, Nissan e McDonald’s também anunciaram nas últimas semanas o encerramento dos programas internos de diversidade.