Porto Velho enfrenta o segundo dia consecutivo de paralisação do transporte coletivo, resultado de uma série de ataques criminosos atribuídos a facções que atuam no estado.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Rondônia (Sitetuper), Francinei Oliveira, a cidade vive uma situação crítica: “O transporte coletivo está 100% parado”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.

A expectativa era retomar parcialmente as operações com 50% da frota, mas, ao chegar nas garagens por volta das 4h desta quarta-feira, os motoristas viram os resultados de mais ataques.

“Descobrimos que uma garagem foi incendiada e que motoristas foram ameaçados ao chegar para trabalhar”, relatou Oliveira, ressaltando que, no momento, não há condições de garantir a segurança dos profissionais e dos passageiros.

Facções voltam a atacar ônibus mesmo após a chegada da Força Nacional

Na madrugada desta quarta-feira (15), membros de facções criminosas voltaram a realizar ataques criminosos em Porto Velho e no interior de Rondônia.

De acordo com a Polícia Militar (PM), cinco ônibus foram alvos de incêndios criminosos em Porto Velho, enquanto outros cinco, utilizados para transporte escolar, sofreram ataques no distrito de Jaci-Paraná.

Além disso, uma viatura da PM estacionada em uma oficina mecânica foi alvo de um ataque, mas bombeiros e moradores conteram as chamas antes de se alastrarem para outros veículos. Em outro ponto da cidade, o fogo também destruiu um carro particular.

Apesar da chegada de 60 agentes da Força Nacional no estado, a facção voltou a atacar intensivamente.