A rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco (AC), já dura mais de 24h.
As negociações entre os detentos e as forças policiais foram suspensas na noite de quarta-feira (26) e voltaram a ocorrer na manhã desta quinta-feira (27).
O policial penal mantido refém foi liberado e levado de ambulância por volta das 9h30 desta quinta-feira (27).
Fontes da própria Justiça confirmaram que há mortos entre os detentos, mas ainda não houve um levantamento oficial.
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Veja vídeo de movimentação em área próxima ao presídio
A violência generalizada teve início na manhã de quarta-feira (26), quando os grupos criminosos Comando Vermelho e Bonde dos 13 entraram em confronto dentro do presídio.
O depósito de armas foi invadido pelos detentos e um agente de segurança e dois reeducandos foram feitos reféns.
Ações de reforço
Um gabinete de crise composto por representantes de todas as instituições da segurança pública estadual cria estratégias para tentar controlar a situação.
Além de empregar equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) para atuarem na unidade prisional, a Polícia Militar do Acre reforçou o policiamento nas ruas.
As ações incluem o aumento do número de radiopatrulhas, a intensificação de operações policiais em áreas com maior incidência de crimes e a mobilização de unidades especializadas para conter possíveis reações por parte dos grupos envolvidos na rebelião.
Apesar dos esforços e da presença de representantes do Ministério Público do Estado do Acre e da Defensoria Pública, a rebelião ainda não terminou.
O governo do Estado, por meio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, publicou uma nota na manhã desta quinta-feira (27) informando a situação.
Nota
O Gabinete de Crise do Sistema Integrado de Segurança Pública do Estado informa que as negociações no Presídio Antônio Amaro Alves já foram retomadas na manhã desta quinta-feira, 27, e o processo de rendição dos rebelados já foi iniciado.
No local, estão o Grupo Penitenciário de Operações Especiais (GPOE) da Polícia Penal e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar para reforçar as ações de segurança.
O coordenador criminal da Defensoria Pública do Estado, Gustavo Medeiros e o promotor de Justiça Tales Tranin, que atua na 4ª Promotoria Criminal também estão no local auxiliando nas negociações com os rebelados para dar fim à rebelião.
O Gabinete de Crise informa, ainda, que as ambulâncias do Samu estão no local para atender possíveis feridos, assim como todo o aparato do Instituto Médico Legal (IML) está estruturado.
Diante do cenário, o Estado trabalha para que as negociações sejam encerradas nas próximas horas com a rendição dos rebelados.
Cel José Américo Gaia
Secretário de Justiça e Segurança Pública do Acre
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