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Após rebelião, Sejusp esclarece transferência de 14 detentos do Acre

Após rebelião, Sejusp esclarece transferência de 14 detentos do Acre

Os 14 presos transferidos estavam envolvidos na rebelião que resultou em 5 mortos – Foto: Sejusp

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) reuniu, nesta quarta-feira (27), a equipe responsável pelas investigações da rebelião ocorrida em 26 de julho, no Complexo Penitenciário de Rio Branco.

Durante o encontro, foram apresentados detalhes sobre a transferência de 14 detentos, não apenas do Presídio Antônio Amaro Alves, mas de todo o complexo penitenciário.

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Na terça (26), um avião da Polícia Federal chegou em Rio Branco para transportar os detentos até Brasília (DF).

A transferência para outros presídios ficará sob a responsabilidade da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

A Sejusp optou por não divulgar os nomes dos presos transferidos por questões de segurança, já que as investigações ainda estão em curso.

O coronel José Américo Gaia, representante da Sejusp, afirmou que nenhum servidor do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) foi afastado após a rebelião. 

Ele disse que houve mudanças na estrutura, medida comum após incidentes como esse, mas as equipes continuam trabalhando normalmente.

Durante a investigação, foram abertos dois inquéritos: um para apurar as circunstâncias das mortes de cinco detentos e outro para esclarecer o que ocorreu durante a rebelião em si.

Entrevista coletiva ocorreu nesta quarta-feira, na Sejusp – Foto: Reprodução/TV Norte do Acre

As autoridades de segurança estão atentas a possíveis retaliações que possam surgir após a transferência dos presos.

“Há um trabalho de monitoramento de todas as ações dos faccionados relacionadas a retaliações. Temos informações de que um grupo pode estar se desfazendo e outro se sobrepondo. Portanto, trabalhamos de forma preocupada e intensificada”, esclareceu Gaia.

Essa é a primeira transferência de detentos no sistema prisional acreano desde 2018, e novas transferências poderão ocorrer à medida que as investigações avançam. 

“A Sejusp realizou várias reuniões para identificar os responsáveis pelo ocorrido naquele dia, tanto em relação à execução da rebelião quanto à tomada de decisões para que ela acontecesse. Foi um trabalho minucioso, incluindo oitivas das pessoas envolvidas e análise de áudio e vídeo, que culminou com essa transferência”, disse Gaia.

O delegado-geral da Polícia Civil do Acre, Henrique Maciel, informou que as investigações estão em estágio avançado e que há indícios de provas que precisam ser concluídos para atender à Justiça.

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