Pelo menos 733 detentos do presídio Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco, aderiram a uma greve de fome que iniciou na segunda-feira (2).
A notícia surgiu no mesmo dia, durante um protesto realizado por familiares dos presos, que bloquearam parte do Centro da cidade.
Os reclusos, identificados como pertencentes ao grupo conhecido como “Chapão”, estão reivindicando melhorias no sistema carcerário.
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Na manhã desta terça-feira (3), o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) anunciou estar analisando as questões.
Durante uma reunião com os familiares, a diretoria do Iapen e a Secretaria de Governo do Acre discutiram as demandas.
Entre as principais exigências estão a melhoria da qualidade das marmitas oferecidas aos presos e a mudança do dia de visitas para os fins de semana.
Negligência com presos é negada
Apesar da greve de fome confirmada, a assessoria do Iapen publicou uma matéria no site oficial do governo negando as alegações de negligência.
Em seu comunicado, o Iapen afirmou o cumprimento integral do contrato com a empresa de fornecimento de alimentos.
“O acordo prevê a disponibilização de refeições com, pelo menos, 150g de proteína para os detentos. O Iapen, em sua postura fiscalizadora, já notificou a empresa contratada para assegurar o estrito cumprimento das cláusulas contratuais”, diz um trecho da nota.
Além disso, o Iapen informou que os reclusos continuam recebendo atendimento médico dentro das unidades prisionais.
“O Iapen esclarece que os reeducandos continuam recebendo atendimento médico dentro das unidades prisionais. Quando necessário, encaminhamentos para atendimento externo são realizados”, afirma a nota.
A solicitação de alterar o dia de visitação para os fins de semana foi considerada complexa pelo Diretor Operacional do Iapen, Tiênio Costa.
“A segurança de detentos, policiais penais e familiares é prioridade e qualquer modificação no calendário de visitas deve ser cuidadosamente avaliada para preservar o bom funcionamento do sistema atual”, afirmou o diretor.
Os familiares dos detentos esperam que as medidas entrem em vigor ainda esta semana.
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