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Após morte misteriosa de peixes, rio passa por avaliação de qualidade no Acre

Após morte misteriosa de peixes, rio passa por avaliação de qualidade no AC

A situação tem afetado comunidades que têm o peixe como base alimentar – Foto: Reprodução/SBT

Moradores de Marechal Thaumaturgo estão preocupados com a grande quantidade de peixes mortos no rio Amônia, no Acre.

O caso repercutiu na sexta-feira (29), quando um pescador registrou um vídeo dos peixes mortos, chamando a atenção da comunidade.

O rio Amônia é a principal fonte de abastecimento de água para os 17 mil habitantes de Marechal Thaumaturgo.

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Além da mortandade de peixes, a região passa por uma seca que contribui para o aumento da temperatura e a diminuição do nível dos rios. 

As queimadas frequentes na área também têm sido apontadas como fatores que podem estar impactando o ecossistema.

A maioria da população da região é formada por ribeirinhos e pela comunidade indígena da Aldeia Apiwtxa. 

Veja a situação no vídeo

https://portalnorte.com.br/wp-content/uploads/2023/10/peixes-marechal.mp4

Relato sobre morte de peixes

O líder indígena Benki Piyãko, do povo Ashaninka, tem relatado nas redes sociais a mortandade dos peixes desde o início de setembro. 

Ele advertiu sobre a necessidade de uma investigação rigorosa. 

“Já vínhamos alertando sobre as queimadas na região e sabemos que isso traz diversas consequências, incluindo o calor excessivo. Deve haver um estudo para determinar se houve intoxicação. Toda a água que abastece a cidade vem do rio, portanto, a Saúde tem a responsabilidade de avaliar e tratar a água para garantir que esteja segura para o consumo da população”, denunciou Benki.

Benki Piyãko tem utilizado as redes sociais para denunciar devastação das florestas – Foto: Reprodução/Instagram/@benki.piyako

Perícia técnica

Equipes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) foram mobilizadas para investigar as causas. 

Na terça-feira (3), especialistas em recursos hídricos e fauna realizaram uma perícia técnica para mapear a área afetada.

Lacione Maia, chefe da representação do Imac em Cruzeiro do Sul, explicou os próximos passos.

“As equipes mapearam as áreas onde ocorreram essas mortes após a vistoria. Amostras da água foram coletadas e enviadas para laboratórios para análise. Em cerca de 15 dias, teremos relatórios e laudos que esclarecerão a situação. Podemos deduzir que o recente aumento nas temperaturas e o baixo nível da água podem ter afetado a oxigenação dos peixes, no entanto, apenas com os resultados dos testes teremos uma resposta definitiva”, afirmou.

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