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Jovem confessa forjar própria morte para receber seguros de vida no Acre

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Francisco já havia recebido o pagamento de um dos contratos de seguro de vida – Foto: Ascom/PCAC

Um jovem, de 26 anos, confessou à polícia que forjou a própria morte para receber seguros de vida, no Acre.

No início deste ano, um suposto acidente em Manoel Urbano, no interior do estado, chocou a comunidade local e ganhou destaque na imprensa. 

Francisco Emerson da Silva Cruz foi dado como morto após testemunhas alegarem que ele havia caído de uma ponte ao tentar tirar uma selfie. 

No entanto, uma investigação da Polícia Civil revelou a farsa por trás do evento.

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Segundo a polícia, Francisco e seu irmão viajaram até Sena Madureira para tratar da compra de um terreno, mas não conseguiram contato com o vendedor. 

Em seguida, foram até Manoel Urbano, onde planejavam negociar gado. A versão oficial indicava que Francisco decidiu tirar fotos na ponte local e teria caído no rio.

Uma amiga que estava com ele na ocasião relatou que o alertou sobre o perigo, mas ele teria caído sem explicação aparente. 

As buscas pelo corpo foram realizadas, incluindo a atuação do Corpo de Bombeiros, mas não obtiveram sucesso.

O caso ganhou ampla cobertura da imprensa e, após alguns meses, a vítima recebeu uma certidão de óbito emitida pela Justiça do Acre, com base nas informações apresentadas.

No entanto, a Polícia Civil descobriu que Francisco Emerson tinha contratado cinco seguros de vida antes de sua suposta morte e assim começou a suspeita sobre ele forjar própria morte.

A delegada titular de Manoel Urbano, Jade Dene, conduziu uma investigação que levou à descoberta de que ele estava vivo e residindo em Boca do Acre, no interior do Amazonas.

Francisco estava envolvido na criação de gado e já havia recebido o pagamento de um dos contratos de seguro de vida.

Com base no inquérito, a delegada solicitou a prisão de Francisco, que foi efetuada no sábado (8) por agentes da Delegacia da Capital e do Interior (DPCI). 

Os agentes se disfarçaram como fazendeiros para efetuar a prisão do estelionatário suspeito de forjar própria morte.

Em interrogatório na Delegacia Central de Flagrantes (Defla), em Rio Branco, o acusado admitiu ter forjado sua própria morte para obter os benefícios dos seguros de vida. 

A delegada informou que o acusado cometeu crimes de falsidade ideológica, estelionato e crime contra a administração da Justiça ao induzir o juiz ao erro.

Agora sob custódia, o jovem suspeito de forjar própria morte aguarda a audiência de custódia, ficando à disposição da Justiça para responder pelas suas ações. 

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