Há exatos 120 anos, o Acre tornava-se parte da República Brasileira, marcando o fim de um capítulo complexo de negociações diplomáticas. 

As raízes dessa história remontam às disputas coloniais entre Portugal e Espanha, consolidando-se com o Tratado de Ayacucho de 1867.

Esse tratado delineou as fronteiras entre Brasil e Bolívia.

Antes mesmo da chegada dos europeus ao continente americano, as terras do Acre já existiam, repletas de ricas culturas indígenas. 

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A região, pouco explorada inicialmente, ganhou protagonismo com a presença de ribeirinhos e seringueiros.

Na época, a descoberta da Seringueira foi o que despertou o interesse boliviano.

A Revolução Acreana de 1902 a 1903, liderada por Luís Galvez, desencadeou uma série de eventos que levaram o governo brasileiro a intervir.

A decisão de entregar as terras à Bolívia foi revertida, e o Tratado de Petrópolis, assinado em 1903, representou o ápice desse processo.

tratado de petrópolis
Comitiva responsável pela assinatura do Tratado de Petrópolis – Foto: Divulgação/ Governo do Acre

Foi estabelecido o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas à Bolívia, a livre navegação nos rios brasileiros e a construção de uma ferrovia.

O Acre foi consolidado como território federal em 1904, com a aprovação do tratado pelo Congresso Nacional e a sanção do presidente Rodrigues Alves. 

No entanto, somente em 1962, após décadas de gestão direta pelo governo federal, a região conquistou autonomia, tornando-se finalmente um Estado.

Nestes 120 anos, o Acre não apenas passou por transformações históricas, mas também construiu sua identidade como parte integrante do Brasil.

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