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Caso Géssica: Habeas Corpus é negado aos policiais presos no Acre

A juíza Andréia Britto acatou, nesta quarta-feira (27), o pedido do Ministério Público do Acre (MPAC) e decretou, após a audiência de custódia, a prisão preventiva de dois policiais envolvidos na morte da enfermeira Géssica Melo, no último dia 4 de dezembro.

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Antes disso, os dois militares do Grupo Especial em Fronteiras (Gefron) foram formalmente presos por participação direta na morte da jovem enfermeira.

Eles foram conduzidos para o batalhão ambiental e passaram por audiência de custódia.

O que diz a defesa

Nesta manhã, a desembargadora Denise Bonfim negou o Habeas Corpus pedido pela defesa dos policiais.

A defesa diz que no dia seguinte ao fato, os policiais se apresentaram voluntariamente para prestar depoimento.

O delegado de Polícia Civil não realizou a prisão em flagrante e horas depois compareceram à Corregedoria da Polícia Militar.

“Ainda houve indícios de nulidades nos autos, como ausência da nota de garantias constitucionais, ausência dos requisitos da prisão em flagrante, o não oferecimento da fiança, dentre outros”, diz um trecho da defesa.

Ao final, a defesa pediu a liminar de Habeas Corpus e, alternativamente, requereu a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar.

O pedido, conforme os advogados, considera que os policiais são provedores das suas respectivas famílias e cuidam de filhos com necessidades especiais e menores de 12 anos.

Caso Géssica

Géssica Melo de Oliveira, enfermeira de 32 anos, morreu em Senador Guiomard, em meio a uma perseguição policial na BR-317, no sábado (2). 

A enfermeira morava em Rio Branco e tinha três filhos, de 11, 6 e 3 anos.

O Gefron afirmou que os disparos foram feitos para conter as manobras após ela furar um bloqueio policial. 

A polícia alega que Géssica, armada, realizava manobras perigosas, colocando vidas em risco.

No entanto, familiares negam a posse de arma por Géssica, apontando que esta versão foi forjada e que ela enfrentava um surto depressivo.

Imagens mostram momento da perseguição – Foto: Reprodução/WhatsApp

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