A Prefeitura de Porto Acre, no Acre, anunciou nesta sexta-feira (20) a declaração de situação de emergência no município devido à severa estiagem que afeta a região desde junho de 2024. O decreto, assinado pelo prefeito Bené Damasceno, terá validade de 180 dias.

O documento destaca que a estiagem, acentuada pela baixa pluviosidade e altas temperaturas, piora as condições ambientais, o que tem favorecido a ocorrência de queimadas e o aumento do desmatamento.

Emergência em saúde pública

Ademais, foi declarada situação de emergência em saúde pública em Porto Acre, em resposta à sobrecarga nos serviços de saúde causada pelo aumento de doenças respiratórias, agravadas pela deterioração da qualidade do ar.

As secretarias municipais foram convocadas a colaborar em conjunto, sob a coordenação da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Saúde.

Um outro decreto, nº 2.393, datado de 11 de setembro de 2024, estabelece emergência ambiental e proíbe, por 180 dias, a realização de queimadas, inclusive as controladas.

A administração municipal também decidiu contratar brigadistas temporários para auxiliar no combate a incêndios florestais e promover práticas sustentáveis de manejo do solo.

Qualidade do ar no Acre

Nesta sexta-feira (20), o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) avaliou a qualidade do ar no Acre, que apresenta instabilidades preocupantes. O aplicativo categorizou a poluição do ar em cinco níveis: “boa”, “moderada”, “ruim”, “muito ruim” e “péssimo”.

A maioria das localidades se encontra na classificação “péssimo”, com concentrações de partículas que variam de 6 a 471 microgramas por metro cúbico (µg/m³). Em Rio Branco, os níveis estão entre 317 e 471 µg/m³. Outras cidades também registram índices alarmantes:

  • Vila do Incra: 343 µg/m³ (acima do nível “péssimo”);
  • Porto Acre: 173 µg/m³ (acima do nível “péssimo”);
  • Santa Rosa do Purus: 131 µg/m³ (“péssimo”);
  • Epitaciolândia: 123 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Xapuri: 99 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Manoel Urbano: 90 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Sena Madureira: 71 µg/m³ (“ruim”);
  • Feijó: 55 µg/m³ (“ruim”);
  • Cruzeiro do Sul: 46 µg/m³ (“moderada”);
  • Tarauacá: 41 µg/m³ (“moderada”); e
  • Plácido de Castro: 6 µg/m³ (“boa”).

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