Rio Branco permanece sob uma densa camada de fumaça nesta quinta-feira (26), resultado de queimadas na região. A visibilidade nas principais vias da cidade foi prejudicada, o que levanta preocupações sobre a qualidade do ar e a saúde pública.
A concentração de partículas no ar, de acordo com o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA), varia entre 149 e 169 micrômetros por metro cúbico (µg/m³). Essa medida classifica o nível de poluição atmosférica na categoria “péssima”, que inclui níveis de 125 a 160 µg/m³.
Por fim, na última quarta-feira (25), Rio Branco registrou qualidade do ar acima de “péssimo”.
Qualidade do ar nos municípios
Além de Rio Branco, a qualidade do ar nos municípios do Acre apresenta variações significativas, com classificações que vão de “boa” a “péssima”.
Os níveis de poluição foram medidos e os resultados indicam:
- Vila do Incra: 173 µg/m³ – classificada como “péssima”;
- Porto Acre: 135 µg/m³ – classificada como “péssima”;
- Senador Guiomard: 101 µg/m³ – classificada como “muito ruim”;
- Jordão: 64 µg/m³ – classificada como “ruim”;
- Feijó: 59 µg/m³ – classificada como “ruim”;
- Santa Rosa do Purus: 51 µg/m³ – classificada como “ruim”;
- Epitaciolândia: 49 µg/m³ – classificada como “moderada”;
- Sena Madureira: 48 µg/m³ – classificada como “moderada”;
- Assis Brasil: 47 µg/m³ – classificada como “moderada”;
- Xapuri: 40 µg/m³ – classificada como “moderada”;
- Cruzeiro do Sul: 40 µg/m³ – classificada como “moderada”;
- Tarauacá: 39 µg/m³ – classificada como “moderada”;
- Manoel Urbano: 33 µg/m³ – classificada como “moderada”; e
- Plácido de Castro: 0.3 µg/m³ – classificada como “boa”.
Para melhor entendimento, a classificação “boa” refere-se a níveis de poluição entre 0 e 25 µg/m³. A categoria “moderada” abrange concentrações de 25 a 50 µg/m³, enquanto a classificação “ruim” se aplica a níveis entre 50 e 75 µg/m³.
Acre registra mais de 3,5 mil focos de queimadas em setembro
O estado do Acre enfrenta severas consequências da seca, com 3.571 focos de incêndios florestais registrados entre 1° e 24 de setembro, conforme dados da BDQueimadas, uma plataforma de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Este número representa um aumento de 39,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizados 2.564 focos.
Feijó é a cidade com o maior número de focos de calor, com 873 incêndios, o que equivale a 24,4% do total registrado no estado. Em seguida, estão:
- Tarauacá, com 597 focos (16,7%);
- Cruzeiro do Sul, com 313 (8,8%);
- Rio Branco, com 252 (7,1%); e
- Sena Madureira, com 238 (5,8%).
As cidades que apresentaram os menores índices de queimadas foram Plácido de Castro, com 9 registros, Senador Guiomard, com 12, e Epitaciolândia, que contabilizou 13 focos.
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