Nos primeiros 18 dias de outubro, o Acre já registrou 1.742 queimadas. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), este número corresponde a 45% do total de focos de incêndio registrados em setembro, que somaram 3.855 focos.
A situação coloca o Acre como o quarto estado com maior número de incêndios no Brasil em outubro, atrás de Mato Grosso, Pará e Maranhão.
Até o momento, o Acre já ultrapassou o total de queimadas registrado em todo o ano de 2023. Em menos de 10 meses de 2024, foram detectados 8.334 focos de incêndio, um aumento de 27% em relação aos 6.562 focos de 2023.
Em todo país, outubro já é o terceiro mês com mais focos de queimadas em 2024, empatando com setembro (3,8 mil focos) e superando agosto (1,9 mil focos). A persistência das queimadas no estado preocupa especialistas, especialmente devido à combinação de seca e queimadas descontroladas.
Principais municípios do Acre com queimadas em outubro
Segundo o levantamento, os municípios mais afetados por queimadas em outubro no estado são:
- Sena Madureira: 304 focos;
- Xapuri: 236 focos;
- Rio Branco: 211 focos.
Feijó, que frequentemente liderava o ranking, caiu para o quarto lugar em outubro, com 180 focos. Contudo, o município ainda ocupa a primeira posição no acumulado de queimadas de 2024, com impressionantes 1.762 focos detectados.
Impactos das queimadas no Acre
Além dos impactos na temperatura e vegetação, as queimadas no Acre também têm causado danos à fauna local, resultando na morte ou ferimento de cerca de 400 animais silvestres, até setembro deste ano.
Os números refletem a gravidade dos incêndios florestais que, além de devastar o meio ambiente, têm um impacto profundo na vida selvagem da região.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, muitos animais silvestres, como macacos, tatus, aves, répteis e mamíferos foram encontrados feridos, com queimaduras graves ou desidratação severa, após tentarem escapar do fogo.
Com informações do Inpe e do Portal G1.