No dia 16 de outubro, o nível do Rio Acre chegou a 2,94 metros, trinta centímetros a mais do que a medição do dia 15 de outubro, que era 2,68.
No entanto, o rio volta a baixar na capital, atingindo 1,83 metro nesta terça-feira (22). A marca é seis centímetros menor que a registrada na segunda-feira (21), quando o rio estava na marca de 1,89.
Apesar do maior volume de água com as chuvas recentes, a Defesa Civil alertou que existia a possibilidade de oscilação no manancial.
Portanto, essas oscilações podem estar relacionadas ao fenômeno repiquete.
O que é o fenômeno repiquete?
Conhecido como repiquete, o fenômeno natural ocorre em rios, especialmente na região da Amazônia. Ele se refere ao volume rápido e abrupto do nível das águas devido a chuvas intensas ou derretimento de neve em áreas de cabeceira.
Além disso, o efeito “sanfona” do repiquete pode ser coletado após a estação chuvosa, quando o nível dos rios sobe de maneira inesperada, trazendo impactos para a fauna, a flora e para a população local, que muitas vezes depende desses recursos hídricos para sua subsistência.
Quanto ao Rio Negro, o Serviço Geológico Brasileiro (SGB) afirmou que a subida do nível, registrada também no dia 16 de outubro, não representava o final da estiagem. Em seguida, explicou que o repentino aumento também pode ser explicado pelo fenômeno.
Tanto o Rio Negro quanto o Rio Acre registraram o maior recorde histórico. O primeiro chegou a marca de 1,23 metro no dia 21 de setembro, enquanto o segundo chegou a 12,11 metros.