O Acre se destacou no ranking dos estados mais favoráveis para trabalhar e lucrar. O estado obteve a 7ª posição, o que reflete um ambiente propício para o crescimento profissional e o desenvolvimento econômico.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os salários no Brasil variam amplamente de acordo com a região e revelam um cenário de desigualdade salarial que pode influenciar a escolha de um destino profissional.

A seguir, confira quais são os estados com as maiores remunerações e como as disparidades entre homens e mulheres persistem no mercado de trabalho.

Quais são os estados com os maiores salários?

Em 2023, a média salarial no Brasil foi de R$ 3.542,19, mas os valores são bastante distintos entre as unidades da federação. Os estados que se destacam pelas remunerações mais altas são:

  • Distrito Federal: R$ 5.902,12
  • Amapá: R$ 4.190,94
  • São Paulo: R$ 4.147,84
  • Rio de Janeiro: R$ 3.986,80
  • Rio Grande do Sul: R$ 3.478,06
  • Mato Grosso: R$ 3.427,53
  • Acre: R$ 3.359,27
  • Mato Grosso do Sul: R$ 3.352,24
  • Santa Catarina: R$ 3.333,88
  • Paraná: R$ 3.333,49

Esses números são provenientes do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), que reúne informações de empresas e trabalhadores, excluindo os Microempreendedores Individuais (MEIs).

Tais estados possuem salários superiores à média nacional e são considerados bons destinos para quem busca uma compensação financeira mais alta.

Qual o impacto do custo de vida nos salários?

Embora alguns estados apresentem salários elevados, é importante considerar o custo de vida local, que pode influenciar diretamente o poder de compra.

Estados como São Paulo, onde a média salarial é alta, o custo de vida também é mais elevado, especialmente em relação à moradia e aos serviços essenciais.

Por outro lado, estados como o Amapá, apesar de terem salários consideravelmente altos, apresentam um custo de vida mais acessível, o que favorece o equilíbrio entre renda e qualidade de vida, bem como permite que os trabalhadores aproveitem melhor o salário.

Desigualdade salarial entre gêneros

O IBGE também revelou uma diferença salarial entre homens e mulheres no Brasil, onde, em média, os homens ganham 17% a mais que as mulheres.

Os homens têm uma remuneração média de R$ 3.791,58, enquanto as mulheres recebem, em média, R$ 3.241,18, o que reflete a desigualdade ainda presente no mercado de trabalho.

Setores com maior remuneração para mulheres

Apesar da diferença salarial, existem setores onde as mulheres recebem salários superiores aos dos homens. São eles:

  • Órgãos internacionais e instituições territoriais: as mulheres recebem, em média, R$ 9.118,70, enquanto os homens ganham R$ 4.717,09, o que gera uma diferença de 47,7%;
  • Construção civil: neste setor, as mulheres ganham 17,9% a mais que os homens, com uma média de R$ 3.381,12, contra R$ 2.776,09 dos homens; e
  • Indústrias extrativas: neste setor, a remuneração das mulheres é de R$ 6.791,76, o que é superior à dos homens, que ganham R$ 6.328,57, com uma diferença de 6,8%.

Por fim, os dados revelam que, embora persistam disparidades salariais, existem áreas de atuação onde as mulheres conquistaram salários mais altos que os homens, o que destaca avanços importantes e também mostra que ainda há muito a ser feito para garantir a igualdade plena no mercado de trabalho.