Uma criança de 1 ano e 2 meses morreu após ser atropelada na Rua Amapá, bairro Rui Lino, em Rio Branco, Acre, na noite de quinta-feira (28).

Conforme informações do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), o acidente ocorreu enquanto a criança brincava na rua com outras duas, sem a presença de um adulto responsável.

Relatos do motorista

O motorista envolvido, de 27 anos, relatou que estava deixando a casa de familiares quando sentiu o veículo balançar.

Ele afirmou que, por estar com os vidros fechados e ferramentas no interior do carro, acreditou ter passado em um buraco.

O homem só tomou ciência do atropelamento após receber uma ligação de sua sogra e retornou imediatamente ao local, em estado de choque.

Ademais, a polícia manteve o condutor dentro de uma viatura para evitar possíveis agressões devido à comoção no local. Ele passou pelo teste do bafômetro, que apresentou resultado negativo.

Testemunhas informaram que imagens de câmeras de segurança mostram três crianças brincando na rua sem supervisão, sendo que, no momento do acidente, apenas a vítima estava no meio da via.

Por fim, a criança atropelada foi levada ao Pronto-Socorro de Rio Branco, no Acre, mas não resistiu aos ferimentos. As autoridades encaminharam o motorista à delegacia para a realização dos procedimentos legais.

SUS registrou 107 internações diárias por atropelamento em 2023

Em 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 39.110 internações devido a atropelamentos, o que representa uma média de 107 casos por dia. Contudo, esse número é 7% maior do que o registrado em 2022, quando foram contabilizadas 36.609 hospitalizações.

Os atropelamentos frequentemente resultam em politraumatismo, caracterizado por múltiplas lesões no corpo causadas por forças externas.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico, Marcelo Tadeu Caiero, os acidentes de trânsito são a principal causa desse tipo de trauma, e grande parte dos casos fatais ocorre devido a hemorragias, rupturas de grandes vasos, lesões em órgãos vitais ou infecções generalizadas.

Caiero também destaca que, quando a vítima sobrevive, as sequelas permanentes são comuns, e pode resultar em limitações ao longo da vida.

Além disso, a imprudência de motoristas e pedestres contribui para o aumento dos atropelamentos, sendo apontada como um dos principais fatores.