Um vídeo, divulgado na manhã de terça-feira (3), retrata uma situação tensa vivida por um grupo de ribeirinhos no Rio Macauã. O incidente ocorreu próximo ao município de Sena Madureira, no interior do Acre.

As imagens mostram o grupo cercado por uma grande quantidade de porcos-do-mato, também conhecidos como queixadas, no Acre. Além disso, esses animais são conhecidos por sua natureza social e, em situações de ameaça, por sua agressividade.

O vídeo registra um dos ribeirinhos tentando se equilibrar sobre um tronco. Ele segura um terçado para afastar os porcos-do-mato, que permanecem em uma posição ameaçadora ao redor do grupo.

A tensão no ambiente é clara, e a presença dos animais, unidos, intensifica o risco da situação. O vídeo gerou uma grande repercussão nas redes sociais.

Internautas expressaram preocupação sobre a segurança dos moradores dessas áreas remotas e questionaram como podem evitar esses tipos de incidentes. Confira:

Porcos-do-mato no Acre

Os porcos-do-mato são mamíferos comuns nas florestas do Acre, onde vivem em grandes bandos. No entanto, quando se sentem ameaçados, tornam-se defensivos, o que pode tornar os encontros perigosos.

Esses animais pertencem à família Tayassuidae, uma das poucas famílias de mamíferos artiodáctilos que habitam a América Latina.

Apesar do nome, porcos-do-mato não estão diretamente relacionados aos porcos domésticos, embora compartilhem algumas características físicas, como a forma do corpo e a presença de presas, que utilizam principalmente para a defesa.

Sua aparência robusta e o comportamento territorial são adaptados ao ambiente denso e selvagem das florestas, onde a competição por recursos e a necessidade de proteção contra predadores são constantes.

Quando em alerta, os porcos-do-mato utilizam suas glândulas odoríferas para liberar um forte cheiro, que serve tanto para marcar seu território quanto para avisar outros membros do grupo sobre a presença de perigos.

Por fim, essa comunicação olfativa é uma das formas pelas quais eles garantem a segurança do bando, além de ser uma adaptação evolutiva que reforça seu papel como uma espécie que precisa se proteger em um ambiente natural repleto de desafios.